Levar os filhos para Deus é missão inerente a todos aqueles chamados à paternidade. Mas deparamo-nos atualmente com um mar de conceitos e modismos que muitas vezes nos confundem, exigindo, pois, que estejamos bem arraigados nos valores evangélicos.
Zelar pela vida eterna daqueles que nos foram confiados é o nosso desafio maior como cristãos de hoje. Com certeza você é um (a) educador(a) que deseja aprofundar-se nesta grande missão de educar seu(s) filho(s) para a santidade! O mundo está cheio de teorias, jogos, fantasias e ilusões… Cheio de métodos atraentes mas que não nos formam a respeito da razão de nossa existência e muito menos se preocupa em nos direcionar para sermos o que Deus quer que sejamos.
Quando se fala de santidade, muitos têm uma reação de surpresa, pois entendem que santidade não existe e que nem é para eles. Devemos começar a entender que não se trata de uma novidade ou conceitos longe de nós, impossível de viver. A santidade é um germe que está em nós desde que nascemos e que precisa ser desenvolvido. Não é algo que vou adquirir, mas está em mim. Sem dúvida que, ao observarmos o que nos cerca, o mundo que vivemos, temos a covardia de não crer e não assumir essa realidade para nós e acreditamos, às vezes, que até para “nossos” filhos isso não funciona.
Porém, esquecemos de que é Deus quem nos faz ser quem somos. É Deus que, em Seu plano original, nos diz que sejamos “Santos e irrepreensíveis diante de Seus olhos” (Ef 1,4). Não diante dos olhos do mundo, mas santos diante dos olhos de Deus. Nós nos acomodamos muitas vezes aos modelos do mundo, aos ídolos, super – heróis, e tantos outros e não permitimos que nossas crianças sofram e descubram “o modelo” de Deus para elas.
Nem sequer nos permitimos tal modelo, pois desconhecemos e ignoramos o Projeto de Deus para toda humanidade. Porém, nosso filhos necessitam do referencial santo; o mundo precisa de santos para que, cada vez mais, sejam abertos os espaços da vida verdadeira, vida com sentido.
Conduzir para Deus
Muitos crêem que santidade é só para São Francisco, Santa Teresa, Santa Clara, etc., e não percebem que, embora para a santidade todos tenham sido chamados, poucos têm correspondido. Nós nos privamos de uma autêntica experiência com o Amor de Deus e privamos nossos filhos.
Educar para a Santidade é, sobretudo, educar para Deus. Permitir às nossas crianças experimentar de modo concreto e vivencial o Amor de Deus. Não se trata de uma obrigação ou normas a seguir, mas de uma experiência pessoal, de colocá-las no “caminho” que leve ao Amor.
O mundo com suas ofertas variadas tem distanciado as crianças de Deus e, desse modo, elas crescem inseguras, depressivas, revoltadas, dispostas a se lançar em todo e qualquer tipo de experiência. Se isso não ocorre na adolescência, ocorre anos mais tarde quando casados, e até na velhice…
Esta missão confiada aos pais requer da parte deles, a consciência de que “Sem Deus, nada de bom, de santo de duradouro podemos fazer”, mas que “tudo podemos se permanecermos naquele, que nos fortalece” (Fil 4,13). Ter a coragem de dizer não às inúmeras ofertas e escolher o mínimo, mas agradável aos olhos de Deus, é a personalidade firme e fiel dos Santos. Saber que não é preciso se angustiar, pois, Deus basta!
Zelar pela Educação
Precisamos ser santos e educadores para a santidade. Somente as mentes sãs saberão distinguir o que é limpo e reto em meio a tanto lixo e tantos desvios. Nossas crianças precisam de bons testemunhos, testemunhos de quem não deixa levar pelas mentes corrompidas e egoístas, mas que tem o modelo de Deus, de Jesus, que vive e se revela no coração e na vida dos que O acolhem.
É Jesus quem vai nos ensinando e nos tornando verdadeiros educadores, é nele que somos santos. Porém, ao nos omitirmos, o mundo vai, naturalmente, tomando espaço na educação de nossos filhos e a base que deveríamos dar ser torna fragilizada pelos valores que eles vão absorvendo. Esta missão, de educar para a santidade, não é só por um período de tempo, mas é para toda a vida. É amor sempre, e o amor exige cuidado e zelo constantes.
Não devemos limitar o poder de Deus em nossas vidas e na vida de nossas crianças, mas dar ampla abertura para que Deus nos conduza à Sua vontade, que é sempre amor e felicidade para nós. A Palavra de Deus nos forma, nos esclarece, nos comunica o Caminho, a Verdade e a Vida. No entanto, para nos enchermos de Sua Palavra e instrução, é preciso buscar viver o equilíbrio em Deus, que dará a nós e a nossos filhos, valores e eternos, que não passam. Isso é simples, é só querer!
Enquanto Deus instrui os corações de Seus Filhos, nós fazemos o nosso papel para sedimentar e desenvolver a obra de santidade. Temos um longo caminho a percorrer, mas só o faremos, alimentados por Deus, caso contrário largamos, pelo caminho, a responsabilidade e a missão que a nos foi confiada e que nenhum outro poderá executar.
Aceitar o desafio de ser Santo é dizer sim a Deus e se dar o direito de ser feliz. Dê esse direito a seu filho, eduque-o para Deus, tenha coragem de optar pelo eterno, ainda há tempo, pois ainda existe vida e você e nele e Deus é poderoso para santificar tudo e todos como estamos, Ele é o dono da vida. Nossas crianças não são nossas, são de Deus.
Livro Como educar os filhos
O exemplar, lançado no início dese ano, se preocupa com a educação dos filhos, considerando a missão dos pais um processo complexo, que exige reflexão aguçada, além do amor e da boa vontade. Laura Martins trata do tema, indicando um caminho para construir a felicidade, alertando sobre a busca do prazer, do possuir, abordando questões como os comportamentos compulsivos, drogas, mídias sociais e seus efeitos, o cansaço, as dores e o silêncio na convivência familiar, oferecendo luzes para conduzir um percurso seguro rumo ao céu.
Autora: Laura Martins Wanderley Diniz Martins
Número de Páginas: 135
Editora: Shalom
Edição: 1
Ano: 2019
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Lindo texto,eu quero a santidade para a vida dos meus filhos, tenho três meninos fico preocupada com o futuro deles. O livro iria me ajudar muito.