A Semana do Papa foi marcada pela publicação do livro “El sucessor”. Na obra, Francisco relata, entre outros assuntos, detalhes de seu relacionamento com Bento XVI e garante que ele nunca interferiu em suas decisões. Ainda nesta semana, o Pontífice deu continuidade a série de catequeses sobre vícios e virtudes, meditando desta vez sobre a justiça. Veja estes e outros destaques da Semana do Papa.
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Catequese sobre a virtude da Justiça
“A justiça” foi o centro da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral da última quarta-feira, 3 de abril. É a segunda das virtudes cardeais abordada pelo Pontífice no ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes. A justiça “é representada alegoricamente pela balança, pois visa ‘igualar as contas’ entre os homens, principalmente quando correm o risco de serem distorcidos por algum desequilíbrio. O seu objetivo é que numa sociedade todos sejam tratados de acordo com a sua dignidade”.
“As meias verdades, os discursos sutis que querem enganar o próximo, as reticências que escondem as reais intenções, estas não são atitudes condizentes com a justiça. O homem justo é íntegro, simples e franco, não usa máscaras, apresenta-se como é, fala a verdade.”
De acordo com Francisco, “os justos não são moralistas que assumem o papel do censor, mas pessoas íntegras que “têm fome e sede de justiça”, sonhadores que guardam no coração o desejo de uma fraternidade universal”.
O homem justo é íntegro, simples e franco, não usa máscaras, apresenta-se como é. A palavra “obrigado” aparece frequentemente nos seus lábios: ele sabe que, por mais que tentemos ser generosos, continuamos em dívida com o próximo. #AudiênciaGeral
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) April 3, 2024
Intenções para o mês de abril
Em livro, Francisco lembra de Bento XVI
“Bento era um homem de grande doçura. Em alguns casos, algumas pessoas se aproveitaram dele, talvez sem malícia, e restringiram os seus movimentos. Infelizmente, de certa forma, elas o estavam cercando. Era um homem muito delicado, mas não era frágil, era forte. Mas, consigo mesmo, era humilde e preferia não se impor. Por isso, sofreu muito”. Essas são algumas das palavras com as quais o Papa Francisco recorda do seu antecessor Bento XVI, no livro-entrevista com o jornalista espanhol Javier Martínez-Brocal (“El Sucesor”, Editorial Planeta), lançado nesta quarta-feira, 3 de abril.
O Papa contou a relação que o uniu ao emérito durante quase 10 anos de convivência no Vaticano: “permitia a liberdade, nunca interferiu. Em uma ocasião, quando houve uma decisão que ele não entendeu, me pediu uma explicação de uma forma muito natural. Ele me disse: ‘olha, eu não entendo isso, mas a decisão está nas suas mãos’, eu expliquei as razões e ele ficou feliz”. Francisco explica no livro que seu antecessor nunca se opôs a nenhuma de suas decisões: “nunca deixou de me apoiar. Talvez houvesse algo que não compartilhasse, mas nunca disse”.
A alegria do Evangelho é esta: somos amados por Deus com ternura e misericórdia. E este anúncio jubiloso somos chamados a fazê-lo ressoar no mundo, testemunhando-o com a vida, para que todos possam descobrir a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus.
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) April 5, 2024
Com inf. Vatican News
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