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Em meio à Pandemia, fomos visitados pelo Senhor em nossa casa

Sobre o dia em que a Sua generosidade ultrapassou o nosso pouco entendimento.

comshalom

Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: Enche o chifre de óleo e vem para que eu te envie à casa de Jessé de Belém, pois escolhi um rei para mim entre os seus filhos.  Assim que chegou, Samuel viu a Eliab e disse consigo ‘Certamente é este o ungido do Senhor!’ Mas o Senhor disse-lhe: Não olhes para a sua aparência nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei. Não julgo segundo os critérios do homem: o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração’.”  (1Sm 16,1b.6-7)

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Na semana em que se iniciaram as medidas de precaução contra o Coronavírus em Curitiba, ao chegar à Universidade onde participo diariamente da Missa e ver tudo à meia luz, senti um vazio e uma tristeza muito grande em não poder receber a Eucaristia naquele dia.

Na terça (17/03), ainda consegui ir com a família a uma Paróquia, mas no dia seguinte o pároco avisou que celebraria somente até sexta-feira (20/03). Mais uma vez, aquela dor!

Não pude conter as lágrimas ao saber que não poderíamos mais comungar, contudo, ainda restava a esperança de receber Jesus até o fim daquela semana.

Mas na sexta-feira, infelizmente, a igreja já estava fechada, por orientação do arcebispo local. Naquele momento, pedi perdão a Deus por quantas vezes fui à Santa Missa e talvez tenha comungado sem dar o real valor.

E, agora, com as igrejas fechadas devido às recomendações de saúde, ficaria por um tempo sem receber a Eucaristia.

Numa conversa entre irmãos, lembrei que na capela que minha mãe cuida existia a possibilidade de haver hóstias consagradas, que, neste caso, deveriam ser consumidas.

Meu irmão, que é padre, ficou de verificar se havia hóstias no sacrário e se poderiam, com a devida autorização, ser distribuídas na família.

No domingo passado, eu estava em casa com meu esposo e nossos filhos, assistindo à Missa, quando, ao iniciar a Oração Eucarística, este meu irmão chegou para nos dar a Eucaristia!

O que dizer, a não ser louvar e bendizer ao Senhor? Ele estava ali, no meio de nós!

Pudemos, em um breve momento, adorá-Lo e rezar por todos: família, ovelhas de grupo de oração, irmãos da Comunidade, pelos doentes e pelos mais necessitados.

Naquela comunhão cheia de esperança, senti que era uma comunhão comunitária, como se todos aqueles que colocamos em oração também estivessem ali conosco, recebendo o próprio Jesus.

Na ação de graças, o Senhor ia me dando o entendimento de que Ele é presente em nossas vidas, e que as missas diárias que assistiríamos pelos meios de comunicação ao longo deste tempo fossem assistidas com o coração contrito, pois Ele se faria presente em todas elas através da comunhão espiritual. 

A Eucaristia é, de fato, o sustento da nossa vida e vocação. E o Senhor, que “olha o coração” e conhece a nossa pequenez, toma a iniciativa, vem ao nosso encontro e, como ao rei Davi, afirma a Sua eleição por nós.

Bendito seja Deus para sempre! 

Maria Sousa | Discípula da Comunidade de Aliança Shalom


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