A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 acontecerá em Portugal, mais especificamente na cidade de Lisboa, do dia 1 a 6 de agosto. Contudo, a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, símbolos da JMJ, estão percorrendo o país desde o início do ano. Nesta semana, foi a vez da cidade de Vizeu, ao Norte de Portugal. Na região, os símbolos estiveram presentes em uma unidade prisional.
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“Foi com alegria e fé que cada prisioneiro tocou naqueles símbolos e pode sentir que a Igreja não os abandona nem descarta e que, apesar de serem poucos os que deles se lembram”, disse o Capelão do Estabelecimento Prisional de Viseu, Padre João Soares.
O sacerdote ainda comentou que entrar em um estabelecimento prisional é recordar, não apenas o amor de Deus, mas também os motivos pelos quais se ama a Deus. “Amar alguém que me pode trazer vantagens, estatuto e influência é fácil, pois sabemos que receberemos algo em troca. Mas quando a proposta é amar alguém que não tem nada para oferecer além do seu pecado e da sua miséria, a coisa muda de figura. Talvez porque ainda estamos habituados a dar aquilo que nos sobra e não aquilo que temos.”
Padre João afirmou ainda que entrar em um estabelecimento prisional obriga-nos a ir ao fundo da existência cristã e a ver o amor de Deus em ato.
“Se amar é darmo-nos como Jesus se deu na totalidade, então podemos ver isso em cada prisioneiro. Eles dão tudo desde o seu pecado e miséria, a sua privacidade, a sua liberdade, em suma, tudo aquilo que têm tal como Deus. Dali só podemos esperar a eles mesmos e receber a única recompensa que é o amor de Deus.”
A presença dos símbolos da JMJ 2023
Ainda em sua fala o Capelão pontuou: “A vinda destes símbolos foi um presente de Deus para estes homens. Foi uma luz para os dias cinzentos, uma alegria para a tristeza, um alívio para a dor e uma esperança para aqueles que acham que a sua vida termina ali! Hoje, fez-se amnistia [diminuição de pena] para estes homens!”
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