“Meu Deus, tenho a sensação de que o tempo passa cada dia mais depressa! Já é novembro! Daqui a pouco vem Advento, Natal e a gente já cai no outro ano sem nem pensar!”
“Nem me diga! Os dias estão cada vez mais curtos! Não daria para a gente ter um dia de 48 horas?”
Se você nunca disse nenhumas dessas frases, ainda vai dizer. O tempo, para nós, é um problema. Há sempre tanto a fazer! Nunca dá tempo de acabar tudo a que nos propusemos em cada dia, nunca sobra tempo para nada! Esse tal de tempo parece que se tornou nosso algoz desde a segunda metade do século XX e agora, no XXI, nos martiriza e maltrata. Tortura-nos! Mais que isso: tiraniza-nos! Manda em nós!
É essa, realmente, a sensação. O tempo nos parece ser um tirano, mais poderoso que nós. Parece ter o poder de determinar nossa vida, nossas decisões, nossa capacidade de pensar, de realizar, de nos relacionar. Isso tudo, entretanto, é uma inacreditável inversão!
Veja bem: você foi criado à imagem e semelhança de Deus e ele, ao criar você, submeteu claramente a você toda criatura. Cabe ao homem e à mulher, juntos, administrar toda a criação de Deus segundo a sua eterna e perfeita vontade. Tudo foi criado por Deus para estar a serviço do homem e ser administrado por ele: a terra, os animais, a água, o ar e… o tempo!
O tempo é, portanto, criatura de Deus. Foi ele quem o criou ao criar o dia e a noite. Logo, é você quem manda no tempo e não ele em você! Deus não deu a ele esse poder. Eis a inacreditável inversão! O tempo foi criado por Deus, como toda a criação, submetida ao homem. Não o contrário!
É você quem manda no tempo, no seu tempo. É você, e não outra pessoa, quem escolhe como usar essa criatura de Deus para amar, ser feliz, trabalhar, aprender, servir, orar, doar-se.
Que tal parar uma meia hora e reorganizar sua vida, com base no amor e, a partir dele, mostrar a esse tal de tempo, aparentemente tão inexorável, que quem manda nele é você?