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Entrevista: O que alguém que vai para o exterior precisa saber

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exterior dicasFlexibilidade e curiosidade são características que deve ter quem precisa se adaptar a culturas diferentes. De 16 a 18 de junho, a consultora de interculturalidade Mariana de Oliveira Barros ministrou um curso de gerenciamento de diferenças para missionários da Comunidade Shalom, que serão enviados para missões no exterior. O treinamento aconteceu em Aquiraz (CE). Confira entrevista e saiba como tornar-se “viável” onde quer que se esteja:

O que é interculturalidade?

A interculturalidade existe para fazer gerenciamento de diferenças culturais, diferenças nacionais, diferenças regionais, diferenças de estilo, de personalidade, de inclusão de pessoas com deficiência. Então, é a ideia de aprender a lidar com diferenças.

mariana barros
Mariana de Oliveira Barros

A maior dificuldade é a falta do calor humano encontrado aqui no Brasil. A falta do abraço, do sorriso brasileiro. Essa eu diria que é a maior dificuldade.

O que alguém precisa observar quando vai encontrar uma cultura diferente da sua?

Eu acho importante que seja observado características da nossa própria cultura. No caso da cultura brasileira, seria a nossa forma de comunicação, que é muito complexa, a nossa informalidade, o nosso estilo de afeto que muitas vezes pode parecer um pouco invasivo para as outras pessoas. A gente tem que observar também o que é a característica da cultura do outro, então, a formalidade das culturas para as quais a gente está indo e a forma de comunicação direta dessas culturas. Muitas vezes as pessoas estão apenas comunicando alguma coisa de uma forma simples demais e para nós isso parece muito agressivo.

Por que aprender a lidar com as diferenças é importante?

Porque, normalmente, quando saímos do nosso país, carregamos conosco a nossa cultura. E a gente tenta passar nossa mensagem para o outro, mas através dos nossos padrões culturais. É muito difícil que o outro esteja aberto a ouvir uma mensagem em padrões que ele não conhece. Esse é um primeiro ponto que se faz importante para que a mensagem seja bem passada.

Normalmente um missionário ou qualquer pessoa que vá para outro país acaba sofrendo um choque cultural. Ele pode não compreender quais são os padrões da outra cultura em que ele está se relacionando e, então, começar a ficar estressado, chateado, angustiado, e não conseguir exercer bem a função que lhe foi destinada.

O que a gente nunca deve fazer?

Tentar impor a nossa cultura, achando que o nosso jeito é melhor que o jeito do outro.

Qual deve ser o perfil de alguém que precisará lidar com culturas diferentes?

Para uma boa adaptação é necessário ter curiosidade e flexibilidade. Essas são as principais características.

 

Emanuele Sales


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