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Escolas de Evangelização do Shalom comemoram 15 anos

A experiência deu tão certo, que as casas das Escolas hoje são abertas a todos aqueles que tiveram sua experiência com Deus e desejam aprofundá-la e transbordá-la para aqueles que necessitam do anúncio da misericórdia.

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O ônibus já estava perto de chegar ao seu destino. Com quase 50 horas na estrada em direção a nova terra de missão, o coração missionário ficou angustiado por não poder receber noticias. O acesso ao celular não era tão fácil como atualmente, o jeito então foi parar e no primeiro orelhão ligar para a sua antiga casa comunitária em Belo Horizonte (MG). “Livia, estamos todos aqui na Praça do Papa, estamos em vigília porque João Paulo II está muito mal, provavelmente ele falece logo”.

Era 02 de abril de 2005, domingo da misericórdia, a missionária e consagrada da Comunidade de Vida Shalom, Livia Bezerra, chegava a Fortaleza (CE) na tarde desse mesmo dia, onde recebeu a notícia do falecimento do Papa. Ela e toda a Comunidade de Fortaleza foram para o Shalom da Paz – primeiro Centro de Evangelização da Comunidade – para uma missa em intercessão pela alma do Papa e também em ação de graças pela fundação da Escola de Evangelização em Fortaleza.

“Que misto de alegria e dor, mas ouso dizer que uma graça imensa nos envolvia e a alegria superava a dor”, recorda Livia. Ela, juntamente com outros 21 missionários, sendo três franceses, fizeram parte da primeira turma da Escola de Evangelização São Felipe Néri, que foi fundada no bairro de Fátima. Providencialmente, como ela e os demais missionários que viveram este acontecimento gostam de dizer, assim como a Vocação Shalom nasceu aos pés de São João Paulo II, num ofertório em uma missa em 1980, a Escola nasce na data do onde se consuma a oferta do então papa aqui na terra.

Livia conta que era estranho porque mesmo em meio ao luto, havia entre os presentes um ar de louvor e gratidão. “Naquela noite voltamos para casa cantando e cheios de alegria, sentia que Deus fortalecia também os nossos laços e nos enviava naquele primeiro dia de Escola, para proclamar a misericórdia de Deus”. E depois disso o lema da escola, que perdura até hoje são as palavras de são João Paulo II: “O Homem do terceiro milênio será evangelizado pela misericórdia”.

A inspiração inicial

Depois da turma de Livia, muitas outras turmas fizeram parte da Escola de Evangelização São Felipe Neri, que se espalhou por diversas cidades em todo o país. A inspiração inicial era uma casa da Comunidade de Vida que vivesse sua rotina de oração e seu apostolado fosse exclusivamente dedicados a evangelização porta a porta e pessoa a pessoa nas ruas por oito meses. Após essa experiência os missionários voltavam para suas missões de origem com o trabalho de ser uma “centelha” da evangelização.

A experiência deu tão certo, que as casas das Escolas hoje são abertas a todos aqueles que tiveram sua experiência com Deus e desejam aprofundá-la e transbordá-la para aqueles que necessitam do anúncio da misericórdia. “A escola de evangelização é como fermento na massa, é como aquele punhado de gente que vai evangelizando diariamente, continuamente e que vai gerando nos que estão ao seu redor também o ardor evangelizador”, define a Assistente Apostólica da Comunidade Shalom, Gabriella Dias.

A Escola é um dom

Hoje, 15 anos após a fundação da primeira escola, há cinco escolas com trabalhos acontecendo no Brasil nas missões de Fortaleza, Natal, Belém, Teresina e São Luís. Ao longo desse tempo de história, muitos são os frutos das escolas. Para Gabriella, a escola é um dom para os missionários que vivem ali, para os que são evangelizados por ela, mas também para as cidades que a recebem.

“Um dos maiores frutos que eu percebo na escola de evangelização é que as missões que tem a escola vivem uma renovação do amor pela evangelização”. Ela testemunha ainda que também foi contagiada pela parresia daqueles primeiros jovens da escola. “E misteriosamente a graça se multiplica pra missão, se multiplicou pra minha vida e me transformou, eu cresci na graça de evangelizar 15 anos atrás”.

O coordenador da Escola de Natal, Ramon Fernandes, conta que se sente muito amado por Deus por meio da missão com a Escola, pois lhe foi confiado dois tesouros: A evangelização e os jovens. Ele se refere aos jovens em missão que atualmente compõe as casas. “É como se a escola de evangelização fosse um pulmão sempre pulsando”, compara.

Evangelização, parresia, misericórdia são encontradas nas Escolas, mas tem muita gente que também encontra nelas a sua vocação. “Deus em sua infinita misericórdia me fez viver a experiência de ser Jovem em Missão, me fez encontrar o Carisma, descobrir a minha vocação e livremente escolher por amor a Ele, a vida consagrada como Comunidade de Vida no Carisma Shalom”, testemunha com alegria a jovem missionária Maria Isiane Macena, que morou na escola de Fortaleza em 2016.

Mais evangelização

Gratidão é a palavra que ressoa do coração daqueles que tiveram uma experiência missionária na Escola de Evangelização. Por isso o desejo de dar mais e mais. “Para o futuro das escolas de evangelização o que nós percebemos são várias escolas, em várias línguas, em lugares diferentes. Sempre acolhendo jovens que tiveram uma experiência com Deus e que querem aprofundar essa experiência com Ele na vida de oração, comunitária e na evangelização”, afirma Gabriella.

Mais informações: apostolica@comshalom.org

Lydiana Rossetti

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