É este o preceito salvífico de nosso Senhor e Mestre: Quem perseverar até o fim, será salvo (Mt 10,22). E ainda: Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8, 31-32).
É preciso ter paciência e perseverar, irmãos caríssimos, para que, tendo sido introduzido na esperança da verdade e da liberdade, possamos chegar à verdade e à liberdade. O fato de sermos cristãos exige que tenhamos fé e esperança, mas a paciência é necessária para que elas possam dar seus frutos.
Nós não buscamos a glória presente, mas a futura, como também ensina o Apóstolo Paulo: Já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que se vê; como pode alguém esperar o que já vê? Mas se esperamos o que não vemos, é porque estamos aguardando mediante a perseverança (Rm 8, 24-25). A esperança e a paciência são necessárias para conseguirmos aquilo que, tendo-nos sido apresentados por Deus, esperamos e acreditamos.
Noutro lugar, o mesmo Apóstolo ensina os justos, os que praticam o bem e os que acumulam para si tesouros no céu, na esperança da felicidade eterna, a serem também pacientes, dizendo: Portanto, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, principalmente aos irmãos na fé. Não desanimemos de fazer o bem, pois no tempo devido haveremos de colher, sem desânimo (Gl 6, 10.9)
Ele recomenda a todos que não deixem de fazer o vem por falta de paciência; que ninguém vencido ou desanimado pelas tentações, desista no meio do caminho do mérito e da glória, e venha a perder as boas obras já feitas, por não ter levado até o fim o que começou.
Finalmente, o Apóstolo, ao falar da caridade, une a ela a tolerância e a paciência. A caridade, diz ele, é paciente, é benigna; não é invejosa, não se ensoberbece, não se encoleriza, não suspeita mal; tudo ama, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Cor 13, 4-5). Ensina-nos, portanto, que só a caridade pode permanecer, porque é capaz de tudo suportar.
E noutra passagem diz: Suportai-vos uns aos outros com amor; aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz (Ef. 4, 2b-3). Portanto deste modo que só é possível conservar a união e a paz quando os irmãos se suportam mutuamente e guardam, mediante a paciência o vínculo da concórdia.
Formação: Dezembro/2009
O livro “A promessa do Pai” aborda o tema de uma das pregações do Seminário de Vida no Espírito Santo. “Ao longo desse livro eu gostaria muito de mediar o encontro do Espírito Santo e você. Abra-se a um reavivamento, deixe-se levar às nascentes das águas. A promessa também é para você.” (Rodrigo Santos)
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