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Eu vi o Senhor! Não posso te explicar, somente te contar a minha história!

Alguns vão acreditar e vão também experimentar!

comshalom

Resolvi escrever, porque ao vermos Jesus, parece que se acende um fogo dentro de nós e não conseguimos esconder nem guardar segredo. Se você viu Jesus, você quer contar que viu. E Ele gosta dessa publicidade, porque Ele quer que você também O veja, O conheça.

A história é a seguinte:

Como todas as pessoas normais dessa cidade onde eu moro, eu estou sendo muito afetada pela pandemia, pelo isolamento social, pelo confinamento, pelo número de mortes, pelo contexto das mortes, enfim.

No último mês, comecei a sentir grande angústia e apavoramento (guarde essas palavras! Elas farão muito sentido!). Sentia um medo imenso de que os membros da minha família morressem ao contraírem o Covid-19. Essa angústia me acompanhava dia e noite, prejudicava meu sono e eu não dizia para ninguém que a estava sentindo, para que as pessoas que moram comigo também não começassem a senti-la.

Comecei então a pedir a Deus que me desse o dom da fortaleza. Pedia dia e noite esse dom para mim e, na oração do Rosário, pedia diariamente a Nossa Senhora que o alcançasse para todos que precisassem como eu. Pedi muito, mas o dom não vinha e a angústia e o apavoramento cresciam.

Comecei a ver, então a divulgação do Retiro de Semana Santa da Comunidade Shalom, da qual faço parte, como consagrada da Comunidade de Vida. Mas o retiro seria on-line, como no ano passado. E toda vez que ouvia ou via o anúncio do retiro, aumentava em mim a angústia. Eu pensava: De novo on-line? Faz um ano que vivemos assim! Isso não vai mais passar? Vamos viver assim para sempre? Junto a isso, mais notícias de mortes, prorrogação de decretos, aumento de casos e tudo o mais.

Assim cheguei na Semana Santa. Angustiada, apavorada, rezando o Rosário (a oração que melhor conseguia fazer), pedindo o dom da fortaleza. Na quinta-feira, nem consegui rezar, acolher a pregação. Na sexta, completamente dispersa. Participei do retiro e fiz pequenos sacrifícios, mas envolvida pela mesma desesperança.

Chegou o sábado! Jesus morto, só nos restava Maria e a esperança que ela trazia no coração.

“Deus preparou Nossa Senhora para a Paixão de Jesus dando a ela os dons infusos que ela precisava para desejar e fazer a vontade de Deus, mesmo em meio a dor.”

Foi mais ou menos assim que a Emmir falou na pregação. E me chamou atenção. Anotei em meu caderno. Senti meu coração mudar. Maria abriu as portas do meu coração para que Jesus entrasse em seguida.

Raniere Cristina, consagrada a comunidade de Vida
Raniere Cristina, consagrada a Comunidade de Vida

Começou a oração. Meu coração estava diferente, mais disposto, com esperança, talvez. Comecei a rezar com todo fervor, na sala da minha casa, acompanhando aquela oração pela TV, dizendo a Jesus que Ele me perdoasse, pois não estava conseguindo confiar nEle, ter fé nEle diante de toda a situação que vivíamos.

Foi nessa hora que eu Vi o Senhor! Pelos olhos da fé, eu me vi no Getsemani com Jesus, e Ele me disse: “Minha filha, não é falta de fé e nem de confiança em Mim o que você está sentindo, É MEDO! Eu também senti esse medo, lembra?”

Gente, na minha Bíblia (tradução da Jerusalém), diz assim o Evangelho lido naquela semana:

“… e, levando consigo Pedro, Thiago e João, (Jesus) começou a apavorar-se e angustiar-se…”

Naquele momento, uma irmã da minha casa começou a rezar por mim e proclamou que Jesus colocava em seu coração que a grande tentação que eu vivia naquele momento era a tentação da insegurança, e que Ele me dava o dom da fortaleza. Mas não é só isso. A Bíblia diz que a Palavra de Deus não volta sem ter realizado o seu efeito. No mesmo instante, todo aquele medo, apavoramento, angústia, insegurança, sumiram. Eu recebi, de fato, o dom da fortaleza.

Já faz dias, a situação é a mesma, nada mudou, mas eu mudei! Jesus me revestiu de coragem, de fé, de esperança, de força para enfrentar os sofrimentos presentes, bem presentes. Como posso explicar isso? Não posso! Ninguém pode! Mas é verdade! Aconteceu comigo!

Quando li o Evangelho, da terça-feira, da oitava de Páscoa, não senti nenhuma inveja de Maria Madalena. Li e pensei: Eu também vi o Senhor! E vou contar aos meus irmãos! Alguns vão acreditar e vão também experimentar. Outros vão preferir acreditar “na mentira dos soldados”(Ver em Jo 20,11-18).

Enfim, cada um acredita no que quer. O fato é que eu vi o Senhor! Muitos viram, tenho certeza. Éramos mais de 10mil pessoas acompanhando aquele retiro. E o Evangelho se repetia: Jesus aparecia para mais de 500 pessoas. Nós vimos o Senhor! E Ele consolou o nosso coração e nos revestiu de força!

(Se você ler essa história e quiser saber mais pode me procurar. A redação dessa matéria tem o meu contato) Shalom!

Raniere Cristina Castro de Mendonça
Consagrada da Comunidade de Vida Shalom


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