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Família nordestina testemunha o encontro com Deus no carnaval de Florianópolis

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Uma família nordestina, natural de Pernambuco, chega a Florianópolis em janeiro de 2013. Tempo de final das férias para muitos, preparação para o carnaval para outros e para nós? Nenhuma coisa, nem outra, só a certeza que iríamos começar uma vida nova, numa terra “estrangeira”. Mas por onde começar? O que fazer agora que estávamos isolados da família, em exílio poderíamos dizer? Uma confiança tomava todo espaço do nosso coração, a confiança que Deus queria agir nas nossas vidas, pois tínhamos a certeza que nossa viagem não tinha sido um mero acaso, não existe acaso.

Deus nos convidou a passarmos o carnaval com Ele. Não conhecíamos ninguém nessa terra tão, tão, tão distante… A tecnologia deveria ser usada também para isso, para buscar um lugar onde passar o carnaval em terras estrangeiras com Deus. Algo aparentemente simples, mas não.

 “Senhor nos mostra onde devemos ir nesse carnaval, nos mostra o caminho certo e as pessoas certas, precisamos de Ti. Necessitamos aprender a ouvir tua voz, necessitamos reaprender a andar contigo, necessitamos sentir Tua presença.” Em meio a esta oração navegava na internet, e quando já estava quase desistindo, encontrei um convite para o REVIVER 2013. Era lá que deveríamos passar nosso carnaval.

Um telefonema, um acolhimento todo especial de uma irmã, próprio do carisma Shalom, e a certeza que era neste lugar que deveríamos estar.

O que encontramos neste lugar?

SOCORROUma programação bem intensa, Seminário de Vida no Espírito Santo, uma família com muitos irmãos “estrangeiros”, “vixe Maria”, “oxente”, “dái”, “barbaridade tchê”, etc. Foi com esse acolhimento todo Shalom de ser que Ele nos mostrou a alegria de estar neste lugar e o desejo de continuar a permanecer ali.

A presença do Senhor na Adoração, o Batismo no Espirito Santo, a convivência e o sentimento de que iniciávamos um caminho sem volta. A alegria de sentir a misericórdia do Senhor e seu AMOR por nós nos constrangia a cada momento. Deus nos foi mostrando os passos que deveríamos dar diante da sua grandeza e simplicidade.

Reencontro do Reviver, participação no novo grupo de oração do Shalom, nosso Ruah, Projeto Família, convivência, vigília… Quanto mais bebíamos dessa fonte mais desejávamos essa água que nos dava a vida. Passamos a entender tantas coisas vividas no passado. O quebra-cabeça da nossa história passava a ser montado a partir do momento em que abríamos nosso coração para ouvir e sentir o Senhor.

E veio o vocacional aberto, o plantão vocacional, o encontro da formação de servos apostólicos… Já fazíamos parte da Obra. Esse sentimento nos enchia de orgulho.

Minha família era consagrada ao Senhor e os nossos pastores nos mostravam a importância do Caminho da Paz na fase Kerigma. Aprendíamos a rezar através do Enchei-vos. Cada etapa vivíamos intensamente, aprendemos a orar diariamente e percebemos que a intimidade se dava através da oração e só assim poderíamos encontrar a pessoa de Jesus e sentir o amor de Deus nas nossas vidas. Também conhecemos e entendemos os Dons, os Carismas do Espírito, sua importância e como podemos crescer se nos entregarmos ao Senhor e deixar cada vez mais o Espírito Santo agir.

E ao chegar a Semana Santa estávamos imersos na palavra e vivíamos cada momento com grande emoção. A nossa Páscoa foi a própria experiência do Ressuscitado. Essa experiência nos fez perceber que estávamos no caminho certo e que a experiência da ressurreição nos fazia pessoas novas.

O poder de Deus não tem limites. Ele muda nossas vidas e quanto mais nos lançamos nos seus braços mais sentimos seu amor. Percebemos que Deus nos surpreendia a cada dia, como dizia nosso irmão Marcelo Davi em uma das suas pregações: “Deus nos ama de tal forma para nos tornarmos aquilo que ainda não somos”. Se deixarmos Ele faz uma obra nova.

Não devemos ter medo de ofertar nossas vidas, não devemos mais olhar para um sepulcro vazio, devemos olhar para a nova vida. E assim, continuamos nossa formação, e veio o Tríduo e a Vigília Pascal e Pentecostes, momentos de grande emoção. O fogo do Espírito nos faz viver cada vez mais esse amor incondicional que nos toma e, faz-nos desejar levar para outros esse sentimento: o desejo pela evangelização.

O amor de Deus é diferente, paciente, pessoal, predileto, apaixonado, misericordioso, eterno, perfeito. Por tudo isso, nossa família não é mais a mesma. Esse amor perfeito preencheu o vazio que trazíamos, nos curou de grandes feridas, nos livrou de grandes armadilhas, nos libertou, nos acolheu sem restrição, nos perdoou, nos fez ressuscitar.

Aprendemos que “A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se veem” (Hebreus 11). Aprendemos que “Deus é a nossa luz e salvação de que terei medo?” (Salmo 27). Aprendemos que “devemos ter perseverança na oração” (Lucas 18). Aprendemos que o “nome do Senhor deve ser sempre louvado desde agora e para sempre, pois a Ele pertencem a sabedoria e o poder” (Daniel 2). Aprendemos, especialmente, que precisamos uns dos outros, através da alegria do meu irmão, da simplicidade, da humildade e da caridade, encontramos o próprio Cristo todos os dias.

Testemunho do casal Wagner Veras Rodrigues e Maria do Socorro Ferreria dos Santos e filhos Bruna Emanuelle Rodrigues e Gabriel dos Santos Rodrigues, membros da Obra Shalom de Florianópolis, SC.

 

 


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