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Feliz aquele que acreditou!

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Feliz aquela que acreditou!

Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!

Antes de iniciar a leitura deste texto, faça uma oração pedindo o auxílio do divino Espírito Santo: “Ó vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado e renovareis a face da terra”. Oremos: “Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém”.

Como você se coloca diante da Palavra de Deus? Você a lê e medita sempre que pode? Tomemos neste mês a passagem do evangelho da festa de Nossa Senhora da Assunção. Leia Lucas capítulo 1, versículos de 39 a 56, que narram a visitação de Maria a Isabel e o Magnificat. Talvez você já tenha lido e meditado muito sobre esta passagem. Ainda assim vale a pena retomá-la.

A Igreja recomenda o antigo e comprovado método da Lectio Divina que consiste em quatro passos: leitura, meditação, oração e contemplação. A base é a leitura. Ler com atenção e cuidado traz muitos frutos. Ler só passando os olhos, achando que já conhece a passagem poderá até ser inócuo, sem efeito. Depois da leitura o passo seguinte é a meditação onde confrontamos nosso dia-a-dia com a Palavra, colocando-a em prática. Em seguida vem a oração sobre o que foi meditado e por fim a contemplação que é uma graça de Deus que eleva os humildes não por mérito, mas por pura misericórdia.

O versículo 45 fala sobre a bem-aventurança da fé: “Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”.

Para os inimigos da religião, a fé se confunde com alienação. Acusam os crentes de ignorantes e desconhecedores da ciência que tudo pode explicar. Esquecem os grandes gênios da história que testemunharam sua fé em Deus e suas incapacidades diante da beleza e harmonia do universo. O dom supremo de Deus é a liberdade. Por isso a fé é um ato livre, uma adesão Àquele que não engana nem pode enganar. Não dispensa a inteligência e a razão, mas a humildade e submissão são necessárias diante do que nos ultrapassa.

Maria é exemplo para todos os que se lançam na jornada da fé. É um caminho árduo, porém cheio de felicidade. A porta é estreita, mas os que a ultrapassam conquistam a felicidade. A promessa divina não é uma vida tranqüila ou um mar de rosas. “No mundo tereis tribulações, mas tende coragem: Eu venci o mundo”, alertou Jesus aos discípulos. O caminho de Maria também foi difícil, porém ela não desanimou nem desistiu. E Deus foi fiel cumprindo tudo o que lhe fora dito pelo anjo.

Na Carta aos Hebreus encontramos esta definição clássica: “A fé é uma posse antecipada do que se espera, um meio de demonstrar as realidades que não se vêem”.(Hb 11,1) Maria acreditou que o menino em seu ventre era o esperado salvador. No entanto não se fechou em si mesma. Ao saber que sua prima, já idosa, estava grávida, apressa-se em ajudá-la. Ao entrar na casa e saudá-la, seu segredo vem à tona. E Isabel se alegra pela visita da mãe do Senhor proclamando-a bem-aventurada.

Como tem sido sua vida de fé? Você acredita de fato nas palavras do Senhor? Ele tem cumprido suas promessas? Você lembra das promessas que Deus lhe fez? Ao receber a Palavra, você a partilha com outras pessoas? Você que anuncia a Boa-Nova? “Como poderiam invocar aquele em quem não creram? E como poderiam crer naquele que não ouviram? E como poderiam ouvir sem pregador? (…) A fé vem da pregação e a pregação é pela palavra de Cristo”.(Rm 10,14-17). Que grande a nossa responsabilidade em pregar a Palavra. E que grande a felicidade quando alguém crê na Palavra de Deus mesmo com toda nossa fragilidade.

Inicie sua oração agradecendo a Deus pelo seu batismo, por seus pais e padrinhos que o (a) introduziram na fé cristã. Lembre-se também de todos os que lhe anunciaram a Palavra, desde o seu catequista até um irmão ou irmã que tenha lhe ajudado através de uma citação bíblica. Agradeça ainda pela fé dos seus amigos que oraram e conseguiram graças preciosas em sua vida. Ore, louvando e bendizendo não só por tudo que Deus fez, mas por ele mesmo, pelo que ele é e por sua fidelidade às suas promessas. Continue sua oração do seu jeito, da forma com que você se relaciona com o Pai amoroso e cheio de bondade…

Se desejar, continue sua meditação sobre outras virtudes de Maria que podemos encontrar neste trecho seguindo a mesma seqüência indicada pela Lectio: leitura, meditação, oração e contemplação.

No final sempre sugerimos que você anote em seu caderno as graças que o Senhor lhe concedeu através desta Lectio. Se puder, escreva-nos e testemunhe, “para que os homens vejam as boas obras e glorifiquem o Pai que está nos céus”.

Até a próxima!

Shalom!

José Ricardo Ferreira Bezerra

Consagrado da Comunidade de Aliança Shalom

Fonte:Retirado da Revista Shalom Maná – Edições Shalom


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