A cada manhã os rostos virão.
Nem todos conseguirei lembrar diariamente com profunda compaixão,
limitada é minha recordação.
Os rostos, a cada amanhecer, sorrirão ao meu coração.
Raras, insubstituíveis, são as vidas que o Rei me confiou.
Sempre terei memórias dos sorrisos, das lágrimas.
Memórias dos abraços. Memórias dos olhares.
Memórias dos impactos. Memórias perdoadas.
Memórias engraçadas que fazem rir só de lembrar.
Memórias tão caras porque foram cultivadas na Presença de Deus, nossa eterna morada.
Não são simples memórias.
São as promessas de Deus em cada passo das nossas histórias.
Se um dia eu perdê-las, voltarei a ser um deserto sem nada a oferecer, sem vida.
Ai de mim sem essas memórias. Elas fazem brotar a vida pelas estradas a fora.
Um caminho que aponta o homem novo.
Um homem pescador de homens.
Encontrei a vida ao começar a viver, como se ela já não me pertencesse.
Essa memória é mãe de todas:
“Escolhi nada ter como meu, não viver para mim, viver para os outros,
Para viver a vida que Deus escolheu para mim!”
E dizer com os amigos do Céu um dia:
“Eu sou aquilo que Deus pensa de mim”.
Feliz memória.
Por Raí Ranniêr Medeiros