Igreja

Francisco: ‘A guerra é sempre a derrota da humanidade’

Papa Francisco se manifestou contrário a guerra entre Rússia e Ucrânia, em diversas ocasiões. Ainda nesta semana, o Pontífice continuou a catequese sobre a velhice.

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O Papa Francisco continua se mostrando muito preocupado com a situação da guerra entre Rússia e Ucrânia. Na quarta-feira (16), o Santo Padre se reuniu em vídeo conferência dom o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, para dialogar sobre o papel das igrejas no diálogo pela paz. “Somos pastores do mesmo Povo Santo que crê em Deus, na Santíssima Trindade, na Santa Mãe de Deus: para isso devemos unir-nos no esforço de ajudar a paz, de ajudar os que sofrem, de buscar caminhos de paz, para deter o fogo”, sublinhou o Papa durante do encontro.

Na manhã de sexta-feira (18), o Papa voltou a se expressar contrário a guerra. “Uma guerra sempre – sempre! – é a derrota da humanidade: sempre. Nós – os instruídos, que trabalhamos na educação – somos derrotados por esta guerra, porque por um lado somos responsáveis. Não existem guerras justas: não existem!”, disse no encontro com os participantes do Congresso da Fundação Pontifícia Gravissimum Educationis.

 

Apelo ao acolhimento às vítimas da guerra

Ainda nesta semana, o Papa Francisco enviou uma carta ao Arcebispo de Vilnius e presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Dom Gintaras Grušas. No documento o Pontífice agradeceu “a resposta rápida e geral no socorro dessa população, garantindo-lhes ajuda material, abrigo e hospitalidade”. E continuou “peço-lhes que continuem a rezar para que aqueles que têm em mãos o destino das Nações não deixem de lado nenhuma tentativa de parar a guerra e abrir um diálogo construtivo para acabar com a imensa tragédia humanitária que está causando”. 

Catequese sobre a velhice

Na tradicional audiência geral de quarta-feira, o Papa Francisco continuou sua catequese sobre a velhice. Durante a meditação, o Pontífice falou sobre a corrupção que atinge a muitos na atualidade e explicou que ela é fruto de uma consciência anestesiada.

“Que sentido tem a minha velhice? Cada um de nós idosos podemos perguntar. O sentido é este: ser profeta da corrupção e dizer aos outros: “Parai, eu percorri aquela estrada e não vos leva a nada! Agora digo-vos a minha experiência”. Nós idosos devemos ser profetas contra a corrupção, como Noé foi o profeta contra a corrupção do seu tempo, pois foi o único em quem Deus confiou”.

 

E explicou: “a velhice está na posição adequada para compreender o engano desta normalização de uma vida obcecada pelo prazer e vazia de interioridade: vida sem pensamento, sem sacrifício, sem interioridade, sem beleza, sem verdade, sem justiça, sem amor: isto tudo é corrupção”.

E concluiu: “Lanço um apelo, hoje, a todas as pessoas que têm uma certa idade, para não dizer velhos. Estai atentos: tendes a responsabilidade de denunciar a corrupção humana na qual se vive e na qual vai em frente este modo de viver de relativismo, totalmente relativo, como se tudo fosse lícito. Vamos em frente. O mundo precisa, tem necessidade de jovens fortes, que vão em frente, e de idosos sábios. Peçamos ao Senhor a graça da sabedoria”.


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