Em encontro com os sacerdotes diocesanos, na Catedral de Cassano, neste sábado (21), o Papa Francisco foi saudado formalmente pelo bispo, Dom Nunzio Galantino, e em conversa informal com o clero, agradeceu antes de tudo pelo acolhimento e o trabalho intenso que desempenham nas paróquias da comunidade.
Francisco quis compartilhar com eles a alegria de ser padre, “uma surpresa sempre nova de ter sido chamado pelo Senhor Jesus a segui-lo, estar com Ele, ir com os outros levando Ele, sua palavra e seu perdão…”.
A respeito do ministério, o Pontífice refletiu: “Somos bons operários ou nos tornamos ‘funcionários’ de Deus? Somos canais abertos e generosos ou nos colocamos no centro de tudo?”.
O Papa também lembrou a ‘beleza da fraternidade’: “Ser padres juntos, seguindo o Senhor em nossa variedade de dons e personalidades – que enriquecem o presbitério – na diversidade de proveniências, de idades, de talentos… vivendo tudo na comunhão e na fraternidade”.
“Mas isto não è fácil”, ressalvou, “por causa da cultura do egocentrismo e do individualismo pastoral infelizmente muito comum nas dioceses hoje”. “E é por isso que se deve fazer a ‘escolha’ da fraternidade, da comunhão em Cristo no presbitério, ao redor do bispo. È preciso vivê-las concretamente, de acordo com a realidade do território, em perspectiva apostólica, com estilo missionário e simplicidade de vida”, frisou.
Além da alegria de ser padre e da beleza da fraternidade, o Papa quis encorajar também o clero ao trabalho com as famílias e para as famílias, nestes tempos tão difíceis por causa da crise. “Justamente quando o tempo é difícil, Deus nos faz sentir a sua proximidade, sua graça, a força profética de sua Palavra. E nós somos chamados a ser testemunhas, mediadores de sua proximidade às famílias”, concluiu.