A Semana do Papa foi marcada pela viagem apostólica ao Canadá, de 24 a 30 de julho. Esta é a primeira viagem de Francisco após receber recomendações médicas para permanecer em repouso devido a problemas de saúde. Mesmo com as limitações que o levaram a usar cadeira de rodas em diversos compromissos, o Pontífice se mostrou bastante animado com seu tradicional sorriso e acolhimento a todos.
Nas pegadas de São Joaquim e Santa Ana
Os canadenses são particularmente ligados à mãe da Virgem. Igrejas, escolas e localidades são dedicadas a Santa Ana. a avó de Jesus tornou-se a protetora das populações canadenses e, em 1628, a primeira capela dedicada a ela foi construída em Cap Breton.
“Me dá alegria, por exemplo, pensar na veneração a Santa Ana, avó de Jesus, que se difundiu entre muitos de vocês. Este ano, eu gostaria de estar com vocês, naqueles dias. Hoje, precisamos reconstruir uma aliança entre avós e netos, entre idosos e jovens, premissa fundamental para uma maior unidade da comunidade humana.”
Que os Santos Joaquim e Ana ajudem-nos a honrar os nossos avós e os nossos idosos, aprender com a sua presença para construir um futuro melhor onde, para ninguém, se repita a história de violência e marginalização sofrida pelos nossos irmãos e irmãs indígenas.
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) July 26, 2022
Acolhimento aos povos indígenas
Francisco se encontrou com representantes dos povos indígenas em diferentes momentos da viagem. Em seu primeiro discurso em terras canadenses, nesta segunda-feira (25/07), o Pontífice ressaltou que aguardava o momento de estar ali junto com os indígenas. “Quero iniciar daqui, deste lugar tristemente evocativo, o que tenho em mente de fazer: uma peregrinação penitencial. Chego às vossas terras nativas para vos expressar, pessoalmente, o meu pesar, implorar de Deus perdão, cura e reconciliação, manifestar-vos a minha proximidade, rezar convosco e por vós”.
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Papa a Vida Consagrada
A Catedral Basílica de Notre-Dame, em Québec, foi o local escolhido para o encontro do Papa com bispos, sacerdotes, diáconos, seminaristas e vida consagrada canadense para a celebração das Vésperas. Em sua homilia, o Papa meditou sobre a alegria da vida consagrada.
“A Igreja será testemunha tanto mais credível do Evangelho quanto mais os seus membros viverem a comunhão, criando ocasiões e espaços para que toda a pessoa que se aproxima da fé encontre uma comunidade acolhedora, que saiba ouvir e entrar em diálogo, promova uma boa qualidade das relações (…). Trata-se de viver numa comunidade cristã que se torne escola de humanidade, onde se aprende a querer-se bem como irmãos e irmãs, dispostos a trabalhar, juntos, pelo bem comum.”
De acordo com Francisco, a alegria cristã “está unida a uma experiência de paz, que permanece no coração mesmo quando somos atingidos por dificuldades e aflições, porque sabemos que não estamos sozinhos, mas acompanhados por um Deus que não fica indiferente à nossa sorte. Como quando o mar está agitado: à superfície é tempestuoso, mas em profundidade permanece calmo e tranquilo. Assim é a alegria cristã”.
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Com inf. Vatican News