O segundo dia do Renascer Fortaleza foi marcado pelas palavras de fé e esperança proferidas na pregação de Gabriella Dias pela manhã. Logo no início, a missionária da Comunidade Católica Shalom citou a passagem segundo o Evangelho de São Marcos (Mc 9; 14-29), em que é narrada a história de um pai que tem um filho doente há muitos anos e decide apresentá-lo a Jesus. “O filho desde criança sofria e isso era algo que desestabilizava a sua família. Nós, como esse jovem, somos jogados ao chão pelas nossas fraquezas, pelos nossos pecados”, afirmou Gabriella.
“Qual a causa para nos sentirmos caídos, necessitados, de libertação, por que estamos assim?”, indagou a misisonária. Gabriella comenta que muitos de nós ainda estamos distantes de Deus, ou ainda nem fomos apresentados a Ele, como o menino citado no Evangelho. “É diante do filho caído que o Pai tem compaixão”, completou.
Um Deus que não é indiferente a nada
Durante a sua pregação, Gabriella falou sobre a importância de cada pessoa apresentar as suas necessidades a Deus, na certeza de que Ele não é um Pai indiferente a nada do que o homem vive. “Jesus se interessa por nós. Ele é o Senhor de toda a nossa vida porque nos ama por inteiro”, afirmou, frisando também que Jesus conhece bem cada um dos seus filhos e que, por menor que seja a situação para o homem, ela tem importância para Deus. “Às vezes pensamos: ‘não vou incomodar Deus com isso’, mas Ele se importa e não é como um juiz. Ele nos diz: ‘Eu me aproximo de toda realidade que se diz respeito a você porque Eu te amo’”, completou.
A dinâmica da Fé
Chegando ao fim, Gabriella falou da necessidade da fé na vida de cada pessoa, como virtude fundamental para que o impossível que cada um espera seja concretizado. “Crescendo no dom da fé, a gente cresce no nosso relacionamento com Deus. Ele se comunica conosco para que saiamos da solidão angustiante da Sua ausência”, comentou.
Testemunhos
Ainda na pregação, Gabriella contou, pela primeira vez em público, um testemunho particular de sua família: o da superação do alcoolismo de seu pai. Conta a missionária que, durante muitos anos, o seu pai bebia e, por conta do vício, tornava-se agressivo em casa. Depois de achar que não seria mais possível e de muito sofrimento durante anos, finalmente a sua família conseguiu a libertação e o seu pai parou de beber. “Deus quer reerguer aqueles que estão conosco”, conclui.
Derek Ricarte é biólogo e participou da pregação pela manhã. O jovem se sentiu alcançado pela Palavra de Deus citada pela missionária. “Eu achei tocante essa postura que o Pai, citado no Evangelho, teve de apresentar o seu filho a Jesus. Isso me fez pensar nas realidades difíceis de pessoas que conhecemos, que não devemos perder a esperança por achar que não tem mais jeito. Deus com o seu poder transformador pode tudo mudar! A pregação me fez pensar também nas minhas próprias feridas. Todos nós podemos apresentá-las ao Senhor dizendo: ‘se queres, pode curar-me!’”, afirmou.
Luana Queiroz é assistente social e também foi tocada pelo momento de pregação. “O que ficou mais forte pra mim de toda a pregação foi o testemunho final, quando a Gabriella falou sobre a libertação do seu pai. O meu pai está preso e eu nunca havia tido um relacionamento de verdade com ele na minha vida. No começo de janeiro, eu fui visitá-lo na prisão e tive uma experiência incrível, eu saí de lá com o coração inundado de um amor que eu nunca senti pelo meu pai e que ele nunca sentiu por mim. Eu ouvi meu pai me contando conselhos e eu pude dizer: Pai, hoje Deus nos dá uma página nova”, narrou Luana. “Confie e espere no Senhor, porque muitas vezes confiamos, mas o mais difícil é o esperar”, concluiu.