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Hungria volta enfrentar tensão com imigrantes

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epa04907734 Migrants protest in front of the Keleti Railway Station after police closed the station in Budapest, Hungary, 01 September 2015. Hungarian police closed the main train station in Budapest from where scores of migrants were hoping to travel to Western Europe. The refugees arrived in Budapest via the so-called Balkan route, across Turkey, the Aegean Sea and Greece, Macedonia and Serbia. EPA/TAMAS KOVACS HUNGARY OUT

Alemanha analisa mudar Constituição para receber refugiados

epa04907734 Migrants protest in front of the Keleti Railway Station after police closed the station in Budapest, Hungary, 01 September 2015. Hungarian police closed the main train station in Budapest from where scores of migrants were hoping to travel to Western Europe. The refugees arrived in Budapest via the so-called Balkan route, across Turkey, the Aegean Sea and Greece, Macedonia and Serbia. EPA/TAMAS KOVACS HUNGARY OUT

Pelo segundo dia consecutivo, centenas de imigrantes protestaram na estação de trem de Keleti, em Budapeste, após a polícia húngara impedir que estrangeiros embarquem rumo a países europeus, como Alemanha e Áustria.

Mais de duas mil pessoas que já possuem passagens compradas aguardavam nesta quarta-feira (2), nas redondezas da estação, principalmente na praça Baross, para poderem viajar.

A presença dos imigrantes, seguida por protestos, tem gerado transtorno com os agentes de segurança, que ontem usaram gás lacrimogêneo para conter a tensão.

O governo húngaro não deu detalhes sobre a decisão de impedir as viagens, mas garantiu que apenas está cumprindo suas obrigações como país-membro da União Europeia (UE) nas políticas de controle nas fronteiras.

A Hungria recebeu mais 2.284 imigrantes e refugiados nas últimas 24 horas, cerca de 500 a mais que no dia anterior, informou a polícia local, ressaltando que seis traficantes de seres humanos foram presos. A maioria dos imigrantes é proveniente da Síria, Afeganistão e Paquistão, e tenta fugir de conflitos armados e situações de pobreza.

O fluxo migratório se intensificou na rota balcânica nos últimos dias, já que milhares de estrangeiros tentaram cruzar a fronteira entre a Sérvia e Hungria antes da conclusão de uma barreira de arame farpado de 175 quilômetros.

A maior parte dos imigrantes tenta chegar à Alemanha ou à Áustria, já que na última segunda-feira a Hungria decidiu abandonar seus esforços para registrar os pedidos de refúgio. As rotas mais usadas pelos imigrantes passam pela Turquia, Grécia, Sérvia e Hungria. Outra opção é a ilha italiana de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo, que recebe diariamente centenas de embarcações ilegais provenientes do norte da África.

Segundo a atual legislação europeia prevista na Convenção de Dublin, os refugiados devem solicitar o asilo no primeiro país do bloco que desembarcarem. Porém, Itália, Grécia e Hungria afirmam que não dão conta do número de requisições e do fluxo de imigrantes.

Em resposta, a Alemanha anunciou que permitirá que cidadãos sírios que chegaram a outros países da UE façam pedidos de asilo a Berlim. Nesta manhã, o governo da chanceler Angela Merkel também informou que poderá alterar sua Constituição para conter a crise migratória.

De acordo com o governo turco, 11 imigrantes se afogaram tentando chegar à Grécia nas últimas horas. Um porta-voz da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que dois botes resgataram cerca de mil pessoas no Mar Mediterrâneo. Outros quatro mil imigrantes chegaram à Grécia via ilha de Lesbos nesta madrugada.

A UE tenta adotar medidas para conter o problema de, o qual já se caracteriza como o maior fluxo desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Uma reunião extraordinária deve discutir a crise no próximo dia 14 de setembro.

Itália

Após boatos de que a Alemanha teria pedido à Itália a suspensão do Acordo de Schengen, que garante a livre circulação de pessoas no território europeu, a província de Bolzano retificou que a legislação permanecerá vigente e que só haverá mais controles na fronteira. Como forma de ajudar a Baviera a se reorganizar para lidar com a crise migratória, Bolzano acolherá temporariamente entre 300 e 400 imigrantes.

“A ministra do Estado da Baviera, Emilia Muller, contatou a assessora provincial Martha Stocker para pedir ajuda para enfrentar a questão, com apoio logístico temporário e recebimento de refugiados”, informou a província italiana.

“É fundamental que a Europa dê uma bela acordada e faça sua parte”, disse o premier italiano, Matteo Renzi, em seu mais recente apelo por medidas conjuntas para solucionar a crise imigratória no continente.

 

Fonte: Ansa


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