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Iraque: flagelo da violência e do terrorismo

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Pessoas inocentes no Paquistão – jovens e velhos – estão agora em maior risco de um ataque terrorista, de acordo com o líder dos católicos do país, que já pediu ao governo para reforçar a segurança após o massacre na escola em Pexauar.

Dom Joseph Coutts, Arcebispo de Karachi, falou que o incidente terrorista à Escola Pública do Exército foi um “ataque de vingança” contra os militares do Paquistão e que agora o Taliban “não irão parar” de flagelar mais pessoas inocentes.

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Em conversa com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a partir de Karachi, Dom Joseph Coutts, Presidente da Conferência do Paquistão Episcopal, disse que a ameaça às escolas, hospitais, igrejas, mesquitas e outros locais públicos tem crescido e que um reforço na segurança é crucial.

Em um comunicado emitido na quarta-feira (17 de dezembro) em que condena veementemente o ataque, o prelado exorta 300 ou mais escolas católicas do Paquistão e faculdades a orarem e fazerem um minuto de silêncio para lembrar as 141 pessoas que morreram.

Em sua entrevista a AIS, Dom Coutts, disse: “O que aconteceu foi um sinal de desespero. O Taliban está preparado para realizar ataques brutais, matando crianças de escola, atirando-lhes na cabeça. Eles não irão parar por nada agora”. E continuou: “Os serviços de segurança devem aumentar a segurança em locais públicos. Estamos lidando aqui com pessoas que não têm consciência. É apenas o ódio cego”.

Sublinhando que o ataque a Pexauar foi uma resposta do Taliban a crimes militares paquistanesas na região de Khyber e Waziristão do Norte, regiões próximas à fronteira com o Afeganistão, Dom Coutts disse: “O Taliban está querendo mostrar [aos militares] que eles podem abater as crianças e todas as suas famílias militares. Sua mensagem é: ‘Nós podemos fazer aqui mesmo, em seu próprio território”. Mas o arcebispo disse que o massacre de Pexauar não foi um sinal do crescente poderio militar do Taliban. “Não acho que foi uma demonstração de força. É mais provável que seja uma última tentativa para mostrar o que eles podem fazer”.

E ressaltou: “É dever de cada cristão ser um promotor da paz, reconciliação, harmonia e unidade… trabalhando como concidadãos que o Paquistão pode ficar livre do flagelo da violência e do terrorismo.”

Ele ainda apelou aos seus fiéis a rezarem não só para os que foram mortos, mas também para as outras vítimas do Taliban, incluindo agentes de irradicação da poliomielite, 127 pessoas mortas durante o ataque em setembro 2013 na Igreja de Todos os Santos, em Pexauar.

Dom Coutts também instou as pessoas a rezarem para os trabalhadores dos fornos de tijolos Shama Bibi e Sajjad Maseeh e pelo jovem casal cristão queimado até a morte no início deste mês por suposta blasfêmia.

Durante a entrevista, Dom Coutts convidou amigos e benfeitores a orarem pelos cristãos e outros que sofrem violência no Paquistão. “É muito importante para nós saber que existem outras pessoas orando por nós, querendo nos ajudar, querendo estar ombro a ombro com a gente na fé. Apesar de todas as nossas dificuldades, encontramos uma grande quantidade de força nas orações de todos aqueles que estão preocupados conosco e agradeço a todos, especialmente neste momento de grande tragédia e tristeza.”

Enquanto isso, a Comissão Nacional do Paquistão para a Justiça e Paz (CNJP), uma agência de defesa da conferência dos bispos católicos que apoia as vítimas de perseguição, também condenou o massacre Pexauar.

Em uma mensagem assinada pelo padre Emmanuel Mani, diretor CNJP, e Cecil Chaudhry, diretor executivo, a agência afirmou: “Estamos correndo com as demandas por direitos humanos e agora pleiteando aos governos, todos os partidos políticos, líderes religiosos, organizações da sociedade civil e do judiciário para anularem todas as suas diferenças pessoais e políticas e unirem as mãos para por fim coletivamente a esta ameaça de terrorismo. O governo tanto federal como provincial, juntamente às agências de inteligência devem tomar sérias e eficazes medidas para impedir tal atrocidade e também devem pedir para aumentar a segurança e garantir a segurança de todas as crianças e os cidadãos do Paquistão”.

O Paquistão é um país prioritário para a Ajuda à Igreja que Sofre. Neste país de 3 milhões de fiéis, contribuímos com os cristãos que fogem da perseguição, fornecemos Bíblias da criança, edifícios religiosos, apoiamos religiosas, seminaristas e catequistas, bem como projetos de mídia.

 

Fonte: AIS/ Edição: MEM-comshalom.org


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