O Catecismo, fiel à doutrina da Igreja Católica, expressa que Jesus foi concebido no ventre de Maria, pelo poder do Espírito Santo. Trata-se de uma santa concepção.
Ao longo da exposição, vemos a convicção e compreensão da Igreja de que, de fato, é próprio do amor se abaixar e se doar até o fim, desse modo, o verbo de Deus se fez carne: “Por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus; e encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e Se fez homem” (CIC 456). Resumindo: só amor explica, obviamente sem esgotar o mistério, o que realmente foi a Encarnação.
Há um grande mestre da fé, cujo ensinamento é citado pelo Catecismo, trata-se de São Gregório de Nissa. Veja o que ele diz: “Doente, a nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus ao ponto de fazê-lo descer até à nossa natureza humana para visitá-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz? ” (CIC 457).
A memória da Encarnação de Jesus no ventre de Maria, deve ser para nós, que cremos, um bendito estímulo de louvor e gratidão a Deus. Deve ser também uma memória agradecida a essa serva fiel que encontrou graça diante do Criador.
O Documento ainda faz várias outras declarações mostrando porque o Verbo se fez carne: Para que conhecêssemos o amor de Deus (cf. CIC 458); para ser nosso modelo perfeito de santidade (cf. CIC 459); para nos tornar participantes da natureza divina: Se fez homem para nos fazer semelhantes a deuses (cf. CIC 460). A Igreja, então, acredita e anuncia que a Encarnação de Jesus, o Filho de Deus, é o sinal definitivo da fé cristã. Devido à importância da temática em torno das duas naturezas de Cristo, exposta pelo Catecismo, abordaremos esse assunto com mais profundidade na próxima matéria.