A história de 30 anos das Jornadas Mundiais da Juventude vai conduzir os estudos dos adolescentes que frequentam a catequese em Portugal. O projeto “Say Yes – aprender a dizer sim”, uma proposta para ajudar na formação de gerações de cristãos, foi apresentado no início deste mês de julho, em Fátima, aos secretários diocesanos.
Adolescentes de hoje, peregrinos da JMJ de amanhã
O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, Dom Antônio Moiteiro, disse estarem convictos que, “daqui a três anos, os adolescentes serão potenciais peregrinos da JMJ Lisboa 2022”. Além disso, o projeto complementa os materiais que serão lançados sobre os temas já apresentados pelo Papa Francisco aos jovens para cada ano pastoral.
Em especial, comentou o Pe. Tiago Neto, diretor do setor da Catequese de Lisboa, o projeto “propõe um itinerário que percorre a história das JMJs” para que os “adolescentes se apropriem do grande dom que são as Jornadas para a Igreja nos últimos 30 anos”. Ele esclarece, porém, que é “um itinerário de preparação e não um itinerário de JMJ. Tem uma clara nota vocacional para ajudar os adolescentes a dizerem sim ao projeto de Deus, valorizando os conteúdos da exortação apostólica Cristo Vive”.
Nesta caminhada, acrescenta Pe. Tiago, os adolescentes vão ser acompanhados por um “diário de bordo” pessoal com vários materiais que ajudarão os mais novos a fazerem uma caminhada pessoal e em grupo. Ao longo dos três anos, o projeto prevê quatro encontros anuais de formação de modo a que “possam apresentar as experiências” e devolver na prática catequética os resultados da pedagogia assimilada”.
Renovando a catequese da adolescência
Afinal, como comenta Cristina Sá carvalho, coordenadora da Catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã, a iniciativa congrega a “pedagogia do serviço” e acontece em meio à reflexão que está sendo feita sobre “a catequese da adolescência”:
“Estamos desenvolvendo um projeto e programando uma nova forma de trabalhar a catequese com os adolescentes. Queremos uma pedagogia mais inovadora, mais próxima deles, mais educativa. Associado a isso, estamos trabalhando num novo modelo de formação de catequistas, que é fundamental no nosso trabalho. Esse projeto da JMJ resulta dessa reflexão e é uma oportunidade para testarmos modelos e para serem verdadeiros laboratórios ao longo dos próximos três anos”.
A organização do projeto disponibiliza tanto o programa quanto a possibilidade para que cada paróquia possa se inscrever no projeto e ter acesso aos materiais que vão ser disponibilizados no início do próximo ano catequético.