Mais de 200 Peregrinos SH partiram de missões de todo o mundo para se encontrarem com o Papa Francisco na JMJ Lisboa 2023. Durante os seis dias de programação, os grupos da comunidade puderam experimentar as singularidades de uma jornada, desde o alojamento até a alegria de conhecer jovens de outras nacionalidades.
A equipe Comshalom ouviu alguns jovens que, de forma pessoal, tiveram uma experiência com Deus e com a universalidade do carisma durante os dias de evento.
“Meu presente de 15 anos foi a JMJ”
As jovens Karolina Caldeira e Giovanna Kempfer fazem parte da Obra Shalom na missão de Cuiabá. Do mesmo grupo de oração, as amigas optaram por uma festa de debutante um pouco diferente: participar da Jornada Mundial da Juventude com a Comunidade Shalom.
A dupla conseguiu ver o Papa Francisco de perto, como também aguentou a poeira da vigília enquanto conviviam com os outros peregrinos. A decisão de trocar a festa de 15 anos pela JMJ veio de um desejo de viajar para fora do Brasil e conhecer mais pessoas.
“Desde nova eu tive esse desejo, ainda mais para conhecer mais pessoas católicas e que são exemplos de radicalidade”, conta Giovanna. “O fato de estar entre os mais de 500 mil peregrinos deixou marcas de que, como o Papa Francisco enfatizou, Deus é para todos.
“É um evento muito cansativo e algumas coisas são estressantes, mas eu vi como cada jovem queria estar aqui e estar o mais perto de Deus, todos felizes”, finaliza.
Já para Karolina, a surpresa da peregrinação foi partilhar o alojamento com a banda Missionário Shalom. Do ministério de música de sua missão, conhecer Gustavo, Max e Keciane foi uma surpresa.
“De início, eu pensei que seria o meu grupo pequeno da missão, mas depois veio a notícia que o Missionário ficaria com a gente”, detalha Karolina. “Foi uma doideira e uma graça de Deus conviver com eles, porque eu só tinha ido aos shows. Nós fizemos uma festinha no dia do aniversário da Keci, foi tudo uma providência”.
Perto do Papa, perto da ordenação, perto dos jovens
O diácono Vitor Aragão, da Comunidade de Vida, esteve bem próximo ao Papa Francisco na Missa de Envio, no Campo da Graça. Inscrito como clero, a participação na liturgia já era prevista, mas chegar perto do pontífice foi uma graça especial.
“A entrega dos kits com os paramentos foi no meio da madrugada e dormimos cerca de duas horas para conseguir pegar um bom lugar no espaço que já estava reservado para nós”, conta o diácono. “Em determinado momento, começaram a liberar um espaço ainda mais próximo. Eu logo chamei alguns padres da Comunidade que estavam comigo e fomos para esse outro setor”.
No grupo do clero, o diácono Vitor percebeu o quanto o Santo Padre estava feliz com o anúncio da próxima JMJ em Seul, como também do encontro em Roma.
A ordenação presbiteral de Vitor está prevista para o final deste ano. Sobre o sacramento, Vitor conta que o encontro marca a reta final para se tornar padre.
“O Papa falando para os jovens é diferente e isso desperta algo em mim, me dá um amor novo de estar entre eles”, comenta. “É como se ele se tornasse jovem para falar com a juventude, isso é impressionante”.
Change, cambia, troca!
Levi Kalil, da missão de Fortaleza, leva um pedaço de cada país em sua mochila na volta ao Brasil. Durante as Jornadas Mundiais da Juventude, trocar lembrancinhas entre os peregrinos é uma tradição, ato chamado de “change”. Avisado sobre isso, o jovem cearense se preparou para as trocas com bottons que ele mesmo fez para arrecadar dinheiro para vir até Lisboa.
“Me disseram para vir preparado e trocava os bottons espontaneamente”, conta Levi. “A gente pode conhecer novas pessoas e culturas, até mesmo apresentar a comunidade por meio dessas trocas”.
O jovem diz também que não fala inglês e espanhol com facilidade, mas que isso não foi um problema para realizar as trocas. Apesar de não saber a cidade-sede da próxima JMJ, Levi estava empenhado em trocar alguma coisa da Coreia do Sul por já gostar muito da cultura.
“Eu vi uma menina coreana com a bandeira e eu só fui pedir uma foto com ela, mas ela acabou me dando um botton de Nossa Senhora da Coreia e eu dei um para ela de São José”, detalha.
Peregrino SH como voluntário da JMJ
O missionário da Comunidade de Vida, Guilherme Santos, conseguiu ir para Lisboa enquanto voluntário do Comitê Organizador da JMJ. Engajado na Paróquia da Cova da Piedade, o jovem consagrado serviu no acolhimento de peregrinos em uma creche e uma escola, separando o café da manhã de cada um e dormindo no local.
Mesmo que sua casa comunitária tenha feito ações para o envio dos missionários enquanto peregrinos, a experiência de Guilherme sendo voluntário na Jornada foi baseada na alegria de servir.
“A experiência do serviço vai muito além do sentido da alegria, porque conseguimos ver no outro o nosso encontro com Cristo”, relata. “Não só para mim, mas outros voluntários tiveram a graça de poder amenizar o cansaço dos peregrinos com o acolhimento, podendo manifestar a alegria e dar um consolo com o serviço”.
Altos e baixos, mas na presença de Deus
Mike Delouis, de 37 anos, veio da missão da Comunidade em Nova York. A JMJ Lisboa foi o seu primeiro encontro com o encontro da juventude, inclusive da maioria de seu grupo.
Com os percalços da rotina exaustiva, os desafios motivaram Mike a estar mais enraizado na oração. “Eu não sabia o que esperar, mas o que eu posso dizer é que, em diferentes momentos, eu estava na presença de Deus”, conta.
Além disso, Mike diz ter aproveitado a ocasião para fazer amizades com pessoas de outras nações e conhecer mais da Comunidade Shalom.
“Estar em contato com pessoas com passados e culturas diferentes me deu uma nova perspectiva sobre a relação que se pode ter com Deus”, partilha. “Isso me fez ter uma vontade nova de rezar pelos outros e, no final das contas, me abrir a oração”.
A próxima Jornada Mundial da Juventude ocorrerá em 2027, na cidade de Seul, capital da Coreia do Sul. Fique atento ao @juventudesh_ para as novidades!
