Maria não representa somente os pobres economicamente, mas representa também os socialmente rejeitados. Do ponto de vista do mundo, Maria era uma mãe solteira e Jesus um filho ilegítimo. Ainda é difícil viver como filho ilegítimo ou como mãe solteira em nossos dias, mas no primeiro século era pior ainda. Contudo, apesar do sofrimento que isso lhe trouxe, Maria se submeteu à vontade de Deus e atendeu a Seu chamado com um firme Sim.
Assim, desde o começo, Jesus e Maria foram marcados por uma luta que enfrentariam juntos, e isso foi apenas parte do sofrimento que ela teve de passar por causa dele. Quando Maria levou Jesus ao templo, o ancião Simeão profetizou que Jesus seria a luz dos gentios, e voltando-se para Maria disse: “Quanto a ti, uma espada também traspassará tua própria alma” (Lc. 2:35). De vez em quando, nos Evangelhos, vemos cenas rápidas de Maria seguindo a Jesus, tentando entendê-lo, “guardando essas coisas em seu coração”, até o dia em que tudo lhe fosse esclarecido. A propósito, a profecia de Simeão se cumpriu na Sexta Feira da Paixão, quando o Evangelho diz que ela e São João ficaram ao pé da cruz quando todos os restantes haviam fugido. E, em suas últimas palavras, Jesus disse a João, o discípulo amado, “Eis aí tua mãe”, e para Maria: “Eis aí teu filho” (João 19:25.26).
E por fim, tendo ficado junto a Ele até o fim, Maria também participou da alegria de Sua ressurreição. A cena final que temos de Maria nas Escrituras ocorre em Pentecostes quando ela recebe o Espírito Santo, junto com os doze discípulos (Atos 1:14).
Fonte: Maria Mãe de Deus