Formação

Martírio de São João Batista: o servo fiel que preparou corações para receber Jesus, o Shalom do Pai

Hoje, recordamos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas; É o único santo para o qual se celebra o nascimento (a 24 de junho) e a morte (a 29 de agosto).

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Hoje vamos, como Igreja, fazer memória do martírio São João Batista. Este santo foi, sem dúvidas, uma grande testemunha de fidelidade à eleição de Deus em sua vida. Foi preso e decapitado porque anunciou os desígnios de Deus, sendo fiel aos mandamentos divinos até o fim. Pagou um alto preço, mas não voltou atrás com sua palavra.

João foi um santo tão surpreendente, que alguns teólogos e biblistas dizem que foi o único homem da época a impressionar Jesus, por sua coerência de vida. Essa firmeza e fidelidade eram frutos de um profundo amor ao Senhor, Deus de Israel. Naquele tempo, João advertiu a todos sobre as ações justas e formativas de Deus que ocorreriam se não houvesse conversão, mudança de coração e de vida. Assim como João, Jesus, o Salvador, também estava atento aos sinais dos tempos e viu que Israel caminhava para sua destruição. Tanto que só de pensar nisso, Jesus também chorou (cf. Lc 19,41).

João foi fiel à sua missão pessoal até o fim

Qual é o lugar de João Batista na economia da salvação? Que tarefa e contribuição ele teve diante da missão de Jesus? Ele mesmo respondeu, dizendo que não veio ocupar o lugar do Mestre ou roubar o seu prestígio e suas honras messiânicas. Veio simplesmente ser uma seta, um indicador do caminho, tanto que no momento oportuno saiu discretamente de cena dizendo: “Convém que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30).

João foi muito fiel, tanto que pagou um alto preço por sua fidelidade. Pessoalmente, Herodes não queria matá-lo, mas como voltar atrás numa promessa feita diante de tantos convidados? Assim, João foi decapitado e sua cabeça entregue numa bandeja, de presente à dançarina imatura e de pobre referência materna.

A morte de João Batista tocou muito Jesus, tanto que após saber do ocorrido, o Mestre quis ficar só, porém, foi seguido por uma multidão (cf Jo 6,13). Compadecido, Jesus curou e alimentou milagrosamente mais de cinco mil famintos. O testemunho de João deve nos iluminar muito diante do atual contexto social, político e cultural em que vivemos. As ameaças hoje vêm muitas vezes disfarçadas de ideologias de todos os tipos, contra a vida, os valores da fé e do amor a Deus.

Que, a seu exemplo, possamos preparar sempre os caminhos do Senhor. Que não negociemos os valores de nossa fé, nem diante das propostas e ameaças deste mundo.

São João Batista, rogai por nós.


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