Sabemos que Deus quis precisar de nós para realizar seu plano de Amor. Não que Ele não pudesse realizá-lo sozinho, mas porque, abaixando-se até nós para nos dar missões, Ele nos deu a oportunidade de nos elevarmos e participarmos da sua divindade. Uma dessas missões, que quando bem realizada toca a divindade, é a maternidade.
Homem e mulher possuem características distintas e, consequentemente, missões distintas. Embora o mundo tente deturpar os papéis, sabemos que existem inclinações naturais para ambos os sexos. Na mulher em específico, vemos o desejo de cuidado e proteção, a atenção apurada, a preocupação com os outros, a delicadeza, a sensibilidade, a capacidade de doação e tantas outras características que fazem da sua personalidade única.
E vemos essa personalidade florescer na maternidade. Porque fomos criados para Deus e para o outro; todos os sentidos, todas as características citadas, são elevadas e alcançam sua plenitude na doação pela vida de um filho.
Cabe dizer que, de modo algum, isso se limita aos filhos biológicos. Toda mulher é chamada a ser mãe. Esse dom natural, próprio da personalidade feminina, pode se expressar de diversas formas. Temos a graça de ver em nossa Igreja os exemplos de santas que, mesmo nunca tendo filhos, foram mães espirituais de muitos.
Solteiras, casadas, religiosas, celibatárias… Todas são chamadas à maternidade, porque esta não é uma escolha, como o mundo tanto insiste em dizer, mas um dom de Deus para mulher, a missão da qual falávamos no início, que nos eleva e nos faz participar de sua divindade. Cuidar do outro, com a delicadeza e amor que lhe são próprios, aquecendo e iluminando o coração dos que estão ao redor. Negar este dom é negar a própria natureza feminina.
Miseravelmente, esta negação é recorrente pauta dos movimentos atuais, principalmente do feminismo. Não é de se admirar que tenhamos tantas mulheres com crise de identidade, totalmente infelizes com suas carreiras de sucesso e corações vazios. O demônio usa de suas armas para enganar, com uma falsa promessa de liberdade, e nos afastar do plano de Deus. Nos deforma até que não mais possamos nos reconhecer e, consequentemente, não alcancemos a plenitude em nossas missões.
Por isso a Igreja tanto luta contra esses movimentos, mostrando a outra face, a verdadeira face do ser mulher, na vida das santas. A face do amor. Este amor desinteressado, que somente busca cuidar e proteger, se doar. Somente em Deus podemos encontrar nossa verdadeira identidade e resgatar a feminilidade e o desejo pela maternidade.
Hoje, mais e urgentemente, o mundo clama por mães. Por mulheres que estejam dispostas a educar para o bem, a interceder e cuidar dos que precisam, a iluminar as trevas da maldade. Mulheres dispostas a assumir suas missões divinas em um sacrifício de amor, para que, enfim, plenamente possa se realizar o projeto de Deus.