Meu pedido não me foi concedido, mas recebi uma graça bem maior

Experiência com Deus… Evangelização… Namoro cristão… Algum pedido que você fez a Deus e Ele te atendeu… Vocação… Experiência com os santos, com a Igreja… O comshalom.org quer saber qual é a sua história com Deus?

Todos os dias, publicamos um testemunho novo na home. O de hoje é de Jádila Raquel.

Quer ter a sua história publicada aqui? Envie texto e foto para  redacao@comshalom.org e evangelize conosco.

Confira:

Meu nome é Jádila Raquel. Faço parte da Obra Shalom no Centro de Evangelização “Shalom da Paz”, em Fortaleza.

Meu antigo trabalho era no centro da cidade de Fortaleza. Todos os dias eu ia à Igreja de Nossa Senhora do Rosário para conversar um pouco com o Senhor. Eu costumava ficar nos bancos do fundo da igreja, pois me achava indigna de ficar tão perto. Mas um dia, querendo estar mais perto, decidi que ia para o banco da frente. Acabou que fiquei bem de frente para a imagem de Nossa Senhora do Rosário e percebi que nunca havia reparado naquela imagem, mesmo já tendo olhado todas as outras. Mesmo assim, não dei muita importância. Ajoelhei-me e comecei a falar com o Senhor.

Eu estava pedindo por uma graça, que era muito importante para mim, mas que eu já não sabia mais como pedir. Foi quando meus olhos foram atraídos de novo para aquela imagem e para o rosário que estava suspenso. Fiquei olhando um bom tempo sem entender nada. Até que parei, e disse: “Ok. Acho que já sei. Irei aprender a rezar o rosário, e se tal graça for alcançada, virei rezá-lo aqui, de joelhos de frente para a Senhora. Mas para isso, eu preciso aprender a rezar o terço, e só vou aprender com um terço específico”. E comecei a imaginar como seria esse terço: “teria que ser de madeira, teria que ter contas desse tamanho, a cruz tem que ser desse jeito, os nós tem ser de tal forma, e a cor tem que ser exatamente assim”.

Em minha cabeça, era quase impossível conseguir encontrar um terço com todas essas características. Fui embora e voltei no outro dia com a mesma conversa, dizendo que não tinha tempo de procurar esse terço. Os dias foram passando, e eu esqueci. Depois de uns dois meses, se não estiver enganada, ajoelhei-me em uma ponta do banco, sendo que na outra ponta havia uma moça sentada. Ela começou a balançar a perna e, consequentemente, o banco. Eu, como sempre muito chata, comecei a reclamar mentalmente. Decidi, então, levantar, e ir mais à frente. Mas antes de sair, baixei um pouco a cabeça e fiquei sem pensar em nada.

Por um momento, fui tomada pela lembrança do pedido que fizera havia algum tempo, e do que tinha falado sobre aprender a rezar o terço. Em meio a isso, alguém me cutucou. Pensei logo quem seria a pessoa inconveniente que iria atrapalhar o meu momento de oração. Levantei a cabeça com o semblante mais fechado que se pode imaginar e fui surpreendida com um sorriso. Era a moça que estava balançando o banco. Sem entender nada, e sem conseguir lembrar muito do que ela me disse, somente dessas palavras que vou dizer, ela me estendeu a mão fechada, e me entregou algo: “Tome, Maria quer que rezemos, e quer que você o reze todos os dias. Nunca deixe de rezar”. A moça saiu sorrindo e eu fiquei sem entender. Quando isso passou, abri minha mão e vi que era um terço, não só um terço, mas “o terço”. Era exatamente como eu havia ‘desenhado’ em minha imaginação. Aquilo me deixou surpreendida ao extremo. Pode parecer bobagem, e até que é bem fácil encontrar este terço, eu inclusive já o vi em algumas lojas. Mas bom, talvez ele não viesse com esse pedido, e com a atenção que a Mãezinha teve por mim nesse momento.

Depois disso, aprendi a rezar o terço, e todos os dias faço como me foi pedido. Bom, meu pedido não me foi concedido, mas recebi uma graça bem maior: a de saber que Maria está a me olhar e me ouvir, e que cuida de mim com esse amor lindo que só ela tem. Posso dizer que acredito que Maria não convida somente a mim à oração do terço, ou do rosário, mas a todos nós, que somos seus queridos filhos.