“O respeito pelos pais (piedade filial) é feito de reconhecimento àqueles que, pelo dom da vida, pelo seu amor e seu trabalho, puseram os filhos no mundo e lhes permitiram crescer em estatura, sabedoria e graça”, diz o Catecismo da Igreja Católica [1].
Ao falar em “reconhecimento”, o texto remonta a algo que deve ser feito antes pelos pais, para que assim haja a resposta dos filhos: o dom da vida, o amor, o trabalho. É certo que muitas pessoas não receberam da mãe o amor e a dedicação para que ali se desenvolvesse um afeto natural. Mas não se pode negar que só o primeiro item, “o dom da vida”, o fato de alguém ter nascido de uma mãe, já supõe o dever do respeito.
O fato de alguém ter nascido de uma mãe, já supõe o dever do respeito.
Isso está no Catecismo, mas não somente os católicos podem tomá-lo como bom conselho. Assim como também não foi endereçada somente aos cristãos a máxima de sabedoria “Quem honra a mãe é semelhante àquele que acumula tesouros” (Eclo 3, 5).
É justamente por advir do cristianismo que este conselho se estende a todas as pessoas: amar uns aos outros. O amor torna o mundo melhor; o coração do cristianismo é o amor feito homem: Jesus Cristo, cuja trajetória se traduz em misericórdia e perdão, dois ingredientes para uma vida feliz.
O Dia das Mães pode ser vivido como momento que se repete mas não se esgota na história da família, quando a cada ano se celebra o amor, tão concreto como uma rocha, traduzido em auxílio nos anos da velhice e no tempo da doença, da solidão ou do desânimo. Ou pode ser o marco de um novo tempo para os laços que unem mãe e filho. “Eu decido, a partir de hoje, te amar”, diria, então, quem o inicia.
Que tal viver uma dessas experiências neste ano? Nós, da Comunidade Shalom, convidamos todos os filhos a levarem suas mães à Missa hoje, dia 13, e a rezarem por elas. “Como tu me deste a vida, eu te sou grato. E hoje, eu quero rezar por ti”, poderão dizer. A oração é via de perdão que gera alegria. É amor gerador de infinitos outros atos.
[1] CIC 2215.
Emanuele Sales
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