Minha vida não ficou mais fácil, mas passou a ter sentido

Experiência com Deus… Evangelização… Namoro cristão… Algum pedido que você fez a Deus e Ele te atendeu… Vocação… Experiência com os santos, com a Igreja… O comshalom.org quer saber qual é a sua história com Deus?

Todos os dias, publicamos um testemunho novo na home. O de hoje é de Leandro Lopes.

Quer ter a sua história publicada aqui? Envie texto e foto para  redacao@comshalom.org e evangelize conosco.

Confira:

Sou Leandro Lopes, tenho 22 anos, moro no Eusébio (CE). Faço parte do Grupo de Oração Emanuel, do Projeto Juventude do Centro de Evangelização Shalom da Paz. “Nasci na Igreja Católica”, participava do coral em minha paróquia, fui coroinha. Mas como boa parte dos jovens, fui me perdendo em ilusões, buscando felicidades mentirosas, falsas, enganadoras, esse tipo de “diversão atual”, influenciado pela mídia. Quando me dei conta, já estava muito distante, não conseguia mais enxergar a verdade, fui me tornando uma pessoa negativa, triste, vazia. Vivia muitas dificuldades na minha vida profissional, nos relacionamentos, estudos, na área financeira. No meio dessas dificuldades, uma delas vinha tirando a minha paz, veio com muita força, querendo realmente me derrubar, derrotar-me. Passei um período complicado, o início de uma depressão.

Nunca fui de ter intimidade com minha família, apesar de sempre nos darmos muito bem. Para mim, problema meu era meu. Nascia comigo e morria comigo. Cheguei a um ponto tão crítico, que não me aguentei, e me vi partilhando, contando minha vida e minhas intimidades para minha mãe. Lembro que ela ficou surpresa, e já começava a ver a obra de Deus acontecendo em minha vida, coisa que eu ainda não percebia. Ela começou a sofrer junto comigo essa situação, apoiando-me e eu, seguindo seus conselhos, entregando minha situação a Deus.

Dei início a uma grande mudança em minha vida. Nesse período, eu já participava de grupo de oração no Shalom, mas sem fidelidade. Iniciei, então, uma tarefa que para mim era quase impossível: mudanças. Priorizei minha vida de oração, criei em minha casa o terço diário em família, do qual por enquanto só participam minha mãe e eu, mas Deus proverá. Comecei a abrir mão de certas coisas que me afastavam de Deus, as quais não me imaginava nunca vivendo sem. Nesse período, fui vendo na prática aquilo que eu sempre ouvia falar em pregações, conselhos, palestras, que “a oração é a arma do cristão, é seu escudo”. Notei uma grande diferença em minha vida. Visivelmente nem tanto, pois nem todos os problemas estavam resolvidos. Mas foi essa situação que me deixou confuso, e ao mesmo tempo curioso, pois crescia em mim uma felicidade, uma alegria, e isso ia totalmente contra tudo aquilo que um dia imaginei precisar para ser feliz: conquistas materiais, profissionais, financeiras.

Para mim, era como se as palavras do dicionário tivessem ganhado outros significados. Felicidade, Amor e Paz eram algumas das palavras que eu já não interpretava mais como antes. Aprendi a extrair todo o aprendizado necessário daquela dor, e usar como crescimento. Não cometi mais certos erros, aderi em minha vida a algumas atitudes diferentes.

A cada dia, tornava-me mais fiel em minha caminhada, priorizando-a, valorizando-a. Minha vida não ficou mais fácil, mas passou a ter sentido, pois todo acontecimento, seja de risos ou lágrimas, sei que tem um significado, que o utilizo para crescer.

Sempre me chamou atenção o fato de algumas pessoas falarem de suas experiências com Deus. E eu sempre me perguntava como seria a minha, “porque eu ainda não tive”. Foi quando percebi que já tinha tido, e não poderia ter sido da maneira melhor, não foi linda como a de muitos, mas foi a minha experiência, na minha dor, na minha cruz, onde Deus agiu, restaurou, fazendo nascer um novo homem.

Estou fazendo parte da primeira turma da Escola de Líderes do Shalom da Paz. Um dos módulos que estamos vivendo nos pede que conheçamos mais a fundo a nossa Comunidade. Foi quando pedi ajuda da minha pastora, para me orientar sobre como fazer para ter uma experiência maior com a Comunidade. Sem nem pensar duas vezes, ela me indicou passar alguns dias na Diaconia, tendo uma experiência com os irmãos da Comunidade de Vida. Começou muito complicado, tive que perder aula da faculdade quinta-feira à noite, perder um dia inteiro de trabalho na sexta-feira, mas valeu muito a pena. Não queria mais ir embora (risos).