Formação

Ministro de música é artista?

Essa pergunta pode ter como resposta correta um ruidoso não ou um sonoro sim.

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Todos nós recebemos de Deus dons para servir à humanidade. Por meio do serviço, cada um devolve a Deus seus dons. Alguns são chamados a serem ministros de música! Cantar a Deus em uma experiência missionária tem sido a via de salvação daqueles que servem no Missionário Shalom, um ministério de música itinerante, reconhecido como uma das melhores bandas na cena musical católica. Afinal, eles são artistas ou ministros de música? É banda ou ministério de música? É show ou missão? É palco ou terra de missão? É tudo isso, mas vamos dar sentido a cada dimensão.

Com 20 anos de evangelização por meio a música, o atual líder e vocalista do MSH, Gustavo Osterno, esclarece as dúvidas. “Ser ministro de música vem em primeiro lugar. Não somos artistas primeiramente, mas servos, ministros, que se dedicam à humanidade. E, assim, somos artistas de Deus para a humanidade. Primeiro vem o ministério. O ser artista é uma consequência”, explica.

Gustavo divide seus dons e, agora, seu aprendizado no MSH no novo lançamento da Edições Shalom. O livro “Uma experiência missionária”, assinado pelo vocalista, chega nas Livrarias Shalom neste mês de julho. A obra faz parte das comemorações de 20 anos do MSH, celebrados também com o lançamento do CD MSH Remix, no Festival Halleluya de Fortaleza.

Ele discorre sobre a missão do ministro de música no seu novo livro, que traz também a colaboração de ex-vocalistas, como padre Cristiano Pinheiro, Leozany Oliveira, Giselle Azevedo, Rafael Morel, entre outros.

Um vaso de argila

“O ser artista, no meio secular, compreende uma forma de viver para si. Mas, para servir a Deus, o ministro de música se torna um artista que serve à humanidade. Essa é uma graça de serviço. É ser ministro de um dom que Deus nos deu. É levar o amor de Deus, levar a salvação. Não sou um artista-ministro de música. Sou um ministro de música e, a partir do meu serviço, me torno um artista, consagrado a Deus, consagrado ao dom que Deus me deu, consagrado à missão que Deus me confia”, diz Gustavo.

Para Giselle, o ministro de música é um vaso de argila. No livro, ela conta como era a missão do MSH entre os anos de 2003 a 2006, quando esteve à frente da coordenação do ministério. “No nosso nada, Deus nos chamava a ser Seus missionários, a ser canais de uma experiência com Ele e a difundir o Carisma Shalom!”

“A música não é tudo. É dom que Deus dá generosamente. Mas, a missão é tudo”, afirma padre Cristiano Pinheiro, vocalista da banda entre 1999 e 2009. Para ele, o serviço no MSH é um “contínuo partir”. Ele relembra que, diante das graças, os desafios são constantes. “Foram várias turnês de ônibus para Sudeste, Sul e Norte do Brasil e pelo interior do Ceará. Naquela época, não era fácil andar de avião. Lembro que, em 2003, fomos de ônibus para fazer vários shows pelo Sudeste, com o patrocínio de uma empresa, mas o ônibus quebrou em Belo Horizonte. Nessa turnê, tinha um show em Eunápolis, na Bahia, mas, sem o ônibus, tive que ir sozinho de avião”.

Rafael Morel também destaca, no livro, grandes aprendizados vividos no MSH. “Existe o poder da música de ultrapassar as barreiras dos corações fechados e alcançar pessoas que nem estavam abertas à mensagem de Deus. A música tem essa força. Ela não convence. Ela favorece uma experiência. Na sensibilidade da canção, o Espírito Santo toca. Não é pelo efeito de lógica e razão. É transmissão de uma experiência. A música é terra de missão. É capaz de ir onde não vamos”.

O maior alimento de um músico

Gustavo afirma que só é possível compreender essa dimensão ministro-artista se Deus estiver no centro de tudo: da vida, do serviço, do palco, das composições, da missão. “O que alimenta esse serviço é a vida de oração, que nos coloca no lugar certo, dá abertura para Deus nos utilizar como instrumento, canal para alcançar o homem. Pela oração, vamos deixando nosso ser, corpo, mente, coração, afetos, inteligência, memória, imaginação a serviço do Espírito Santo. A oração deixa Jesus tomar posse de todo nosso ser. O maior alimento de um músico, ministro de música, é a oração. A vida missionária tem que estar sempre ligada a Jesus Cristo. Um ministro de música que serve no palco e não serve no altar está perdido. Na Eucaristia está o centro da nossa vida: Jesus. É preciso uma vida rendida diante de Deus. É preciso dizer: ‘Senhor, faça-se’. Pela grande potencialidade de criatividade de um artista, temos mais chances de tirar Deus do centro. E a Eucaristia é o grande elo. O alimento do ministro de música é uma vida de oração concreta. Tem que ter tempo para Deus. É importante entender que precisamos de Deus para fazer qualquer coisa”.

Por meio de um vídeo no seu perfil do instagram, Gustavo partilha sobre a importância da consagração do serviço à Virgem Maria.

Para adquirir o livro MSH 20 anos Uma experiência missionária, acesse: https://goo.gl/RDxZUb


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