Formação

Misericórdia de Deus é mais forte que qualquer mal

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A verdadeira religião consiste em entrar em sintonia comDeus rico em misericórdia, como nos recorda o Evangelho deste domingo. Somosconvidados a amar a todos, mesmo os mais distantes e inimigos, imitando assim oPai celeste, que respeita a liberdade de cada um e todos atrai a si com a forçainvencível da sua fidelidade.

No discurso do meio-dia, antes da recitação do Angelus dominical, emCastelgandolfo, Bento XVI evocou o Evangelho do capítulo 15 de São Lucas,proclamado neste dia, "no mundo inteiro, onde quer que a comunidade cristãse reúna para celebrar a Eucaristia dominical".

O evangelista – referindo as parábolas da ovelha extraviada e da dracmaperdida, e ainda a do pai misericordioso (normalmente identificada como"do filho pródigo") faz ressoar ali a Boa Notícia de verdade esalvação: Deus é amor misericordioso.

"Nesta página evangélica, parece quase sentir a voz de Jesus, que nosrevela o rosto do seu e nosso Pai. No fundo, foi para isto que Ele veio aomundo: para falar-nos do Pai; para O dar a conhecer a nós, filhos extraviados,e para fazer surgir nos nossos corações a alegria de lhe pertencer, a esperançade ser perdoados e restituídos à nossa plena dignidade, o desejo de habitarpara sempre na sua casa, que é também a nossa casa".

As três parábolas da misericórdia, contou-as Jesus porque os fariseus e osescribas dizem mal dele, ao ver que ele se deixava abordar por pecadores, indomesmo ao ponto de comer com eles. E então Jesus explicou-lhes que Deus não querque se perca nem sequer um dos seus filhos e que o seu espírito exulta dealegria quando um pecador se converte.

"A verdadeira religião consiste pois em entrar em sintonia com esteCoração rico de misericórdia, que nos pede que amemos todos, mesmo os que estãolonge e os inimigos, imitando o Pai celeste que respeita a liberdade de cada ume atrai a si todos com a força invencível da sua fidelidade. É este o caminhoque Jesus aponta aos que desejam ser seus discípulos".

"No nosso tempo, a humanidade tem necessidade que se proclame e testemunhecom vigor a misericórdia de Deus".

Bem "o intuiu, de modo profético", João Paulo II, "que foi umgrande apóstolo da Misericórdia divina": "Ao Pai misericordiosodedicou ele a sua segunda Encíclica, e ao longo de todo o seu pontificadofez-se junto de todas as gentes missionário do amor de Deus. E depois dostrágicos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001, que obscureceram a chegadado terceiro milênio, ele convidou os cristãos e os homens de boa vontade aacreditar que a Misericórdia de Deus é mais forte do que todo o mal, e que sóna Cruz de Cristo se encontra a salvação do mundo".

Depois da recitação das Ave-Marias, Bento XVI recordou ainda as três beatificaçõesque tiveram lugar nestes dias. Na manhã deste domingo, na Polônia, no santuáriode Lichen, presidida pelo cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado, a doPadre Estanislau Papczynski, fundador da congregação dos Clérigos Marianos,"sacerdote (disse o Papa) exemplar na pregação, na formação dos leigos eapóstolo da oração de sufrágio pelos defuntos".

Também neste domingo de manhã, em Bordéus – recordou ainda Bento XVI – ocardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos,proclamou bem-aventurada a Irmã Maria Celina da Apresentação de Nossa Senhora,monja professa da Segunda Ordem de São Francisco. "A sua vida, marcadapela cruz, quis ser um sinal de amor a Cristo, como ela própria dizia Tenhosede de ser uma rosa de caridade".

Finalmente, o Papa referiu o Padre Basílio Antônio Maria Moreau, fundador daCongregação da Santa Cruz, beatificado nesta sábado em Le Mans, pelo cardealSaraiva Martins. À intercessão destes novos beatos, Bento XVI confiou de modoespecial os respectivos filhos espirituais, para "que sigam com ardor oluminoso testemunho destes profetas de Deus, Senhor de cada vida".

O Papa evocou também a ocorrência, neste domingo 16 de Setembro, do vigésimoaniversário da adoção do "Protocolo de Montreal", sobre assubstâncias que empobrecem a camada de ozônio, provocando graves danos ao serhumano e ao eco-sistema.

O Santo Padre fez votos de que "se intensifique a cooperação de todos parapromover o bem comum, o desenvolvimento e a salvaguarda da natureza criada,reforçando a aliança entre o homem e o ambiente, que deve ser espelho do amorcriador de Deus, do qual provimos e em direção ao qual estamos a caminho".


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