Começou na manhã deste domingo, 26 de maio, Solenidade da Santíssima Trindade, o segundo dia do Retiro de Transbordamento da Escuta de 2024. Moysés Azevedo, fundador e pregador oficial do retiro, deu continuidade à série de formações sobre as inspirações divinas para a Comunidade Shalom.
O discurso girou em torno do tema: “Glória de Deus, como manifestação da beleza e santidade de Deus“. Na ocasião, ele abordou sobre a profecia de um novo povo de profetas e também sobre o resgate da vivência da unidade no corpo comunitário.
Mas, o que é a beleza divina ?
Ele explicou que: “A beleza é a expressão visível do bem e da verdade. Essa é a autêntica beleza. É tão esplendorosa que atrai e rende nossos corações, porque nós sabemos que há uma falsa beleza que vive da aparência e é indiferente ao bem e à verdade.”
Para a Comunidade, o Senhor deu a palavra de Isaías 6, onde o profeta está diante do trono de Deus. “É nessa cena, que se manifesta também a feiura do homem, ou seja, sua fragilidade.” O moderador comenta que, o que transforma o profeta é porque o serafim coloca uma brasa em sua boca. “Quando o profeta é tocado, se torna fogo, se torna um homem de coração seráfico, ou seja ardente que queima e incendeia aqueles que estão ao redor de Deus”, explica Moysés.
Por meio dessa palavra, Deus deu a sabedoria de que:
“Ele vem nos dar a unção do seu espírito, vem imprimir em nós, selar em nós, a beleza e a santidade divina. Tira do próprio trono de Deus e do que Ele é e coloca em nós o selo do Espírito, para que possamos participar da vida divina”, garante.
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Um povo de profetas
A partir dessa moção do Espírito Santo, Moysés afirma que o Senhor quer constituir no meio de nós, um povo de profetas com corações seráficos e querúbicos.
Considerando que “os serafins são anjos de fogo, que estão próximos ao altar de Deus e trazem o fogo divino para os lábios e coração do profeta. E que os querubins são anjos diretamente ligados ao culto divino, são corações puros, capazes de ver contemplar à Deus e abrasados pela contemplação divina”, Moysés disse que:
“Deus deseja imprimir em nós os atributos divinos, tirando do seu próprio ser, graças particulares para gerar um povo de profetas que tenham um coração ardente de adoradores que vão para a glória de Deus, que buscam a contemplação de Deus e são incendiados e vão incendiar o mundo.”
Essa profecia é apresentada para que os missionários possam anunciar que a santidade é “um modo de viver nesta terra, mas com desejos celestes, já com o coração e os olhos em Deus, com o coração cheio de fogo com capacidade de ofertar. A santidade não é vida boa, mas é a vida Feliz, com “f” maiúsculo.”
Núcleos de Emaús
Moysés continua abordando o tema da glória de Deus reiterando que ela não se manifesta apenas pessoalmente, mas que reflete em todo o corpo comunitário. Com isso, o fundador faz um apelo a vivência de um dos tripés da vocação: a unidade.
“Meus queridos irmãos, a vida comum é o espaço da manifestação da glória de Deus. A primeira coisa após pentecostes foi a primeira comunidade cristã. A ressurreição de Cristo se torna testemunhável pela vida comunitária. Não existe individualismo no segmento de Cristo.”
O fato do carisma ter essa característica essencial da fraternidade é um sinal de que Jesus ressuscitou e que sem ela, não é possível viver a plenitude da glória de Deus. Para explicar como a beleza de Deus é impressa na nossa vida comunitária, Moysés contou a visualização da Escuta de 2024:
“O Senhor Jesus ressuscitado ia entrando nas nossas casas comunitárias e células comunitárias e ia sentando, partindo o pão e explicava as escrituras. Essa palavra de sabedoria tinha as suas consequências. Ele nos visita e santifica a vida comum. Revanzelizando para a beleza da glória de Deus. Deus ia re-evangelizando quem estava com a perseverança ameaçada. Quando estamos juntos a glória de Deus se manifesta no meio de nós.”
Assim, ele revela que Deus deseja que sejamos como “Núcleos de Emaús”.
A vida comunitária é o primeiro evento querigmático
Ainda sobre a importância da vida de partilha e de comunhão, ele garantiu que nossas orações comunitárias são verdadeiras teofanias. Meditando a passagem de Atos dos Apóstolos 2, 42-47, ele apontou um fato imprescindível para esse novo tempo de ação divina na comunidade:
“Meus queridos irmãos, a maior obra de evangelização que testemunhamos e faz com que o coração do mundo seja quebrantado é: quando rezamos juntos, quando nos ofertamos e servimos juntos. Esse estilo de vida, que é a vida comum, faz com que vejam que Jesus ressuscitou. A vida comunitária é o primeiro evento querigmático. A nossa vida comunitária é santa e fecunda, atrai os olhos e o coração da humanidade.
Além disso, o fundador assegurou que “a partilha comum dos bens é também manifestação da glória de Deus. Somos chamados a dar esse testemunho para o mundo: da confiança no Pai da providência. Somos chamados a testemunhar que o dinheiro não é absoluto, Deus é o absoluto”.
Na vocação Shalom, a comunhão de bens é uma pedra de toque a respeito da santidade comum. Sobre isso, na Escuta de 2024, o Espírito deu a seguinte visualização:
“O Senhor nos mostrou irmãos em quartos, em cantos da casa e células, que não tinham coragem de se expor à luz. Era necessário, outros irmãos irem ao encontro desses irmãos que não acreditam mais na santidade comum, para ajudá-los, atraí-los”.
Por isso, Moysés explica que ausentar da vida comum é também se ausentar da manifestação divina. “Ninguém pode estar fora da vida comum. Sair da vida comum é sair da glória de Deus”, afirma.
Para aqueles que se sentem cansados, exaustos na vida missionária, o conselho é: “Deixe a Comunidade estender os braços para você e colocar você novamente na procissão.”
“O Senhor nos chamava a viver essa santidade comum, num movimento de reconciliação. Nosso Senhor quer realizar um movimento de reconciliação entre nós.”
Como mandato, o Senhor nos deu a palavra de Lucas 6, 36 e junto a ela uma promessa:
“Uma graça de reconciliação, reconstrução da santidade comum no meio de nós. Reconciliai-vos, com Deus e por Deus com esses irmãos. A divisão expulsa a glória de Deus”.
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Cura no irmãos que exercem serviço de autoridade
Outra inspiração divina partilhada por Moysés foi que para este tempo o Senhor realiza cura nos missionários da Comunidade Shalom que realizam o serviço de autoridade.
Moysés agradeceu a oferta generosa destes irmãos e fez dois apelos, a serem misericordiosos com o povo que lhes foi confiado e também convidou a uma conversão mais profunda: “O Senhor convida a uma configuração ao Bom Pastor, a uma disposição de dar a vida pelas ovelhas que foram confiadas.”
Ano de intercessão e de graças especiais
Em 2024 o Transbordamento da Escuta tem um caráter ainda mais especial. Estamos em preparação para celebrarmos a Assembleia Geral Ordinária 2024. Orgão máximo de discernimento na Comunidade Shalom, a AG2024 será realizada de 16 a 30 de agosto, em Fortaleza-CE, Casa Mãe da Comunidade Shalom. Para saber mais sobre a AG, veja o vídeo abaixo:
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