“Cristo ressuscitou, aleluia! Sim, verdadeiramente ressuscitou, aleluia!” Com essas palavras, Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, deu início à sua pregação neste domingo (17), no Retiro de Semana Santa 2022. A formação do fundador é sempre um dos momentos mais aguardados no evento. Em sua fala, Moysés destacou os desafios enfrentados nos últimos dois anos devido à pandemia de Covid-19 e também apontou para o novo tempo que se inicia a partir da ressurreição de Cristo.
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De acordo com o fundador, o povo de Deus agora caminha em uma nova etapa, após um tempo de exaustão e de batalhas espirituais. “Estamos em um novo tempo, inaugura-se uma nova etapa”, afirmou o missionário. Confira, a seguir, frases que marcaram a pregação de Moysés Azevedo.
“Somos chamados a ser testemunhas, na nossa carne, da ressurreição de Cristo”
“A morte não tem a última palavra, o sofrimento humano não tem a última palavra”
“A ressurreição de Cristo manifesta o amor insistente de Deus, que não desiste de nós”
“Jesus vai aos lugares mais sofridos do mundo, vai ao encontro do homem padecente”
“Jesus contagia o coração dos homens pela força da Sua ternura e da Sua misericórdia”
“Tá na hora de voltar para as células, tá na hora de voltar para o grupo de oração, tá na hora de voltar para o ministério, volte do jeito que você puder, com máscara, com distanciamento, mas volte”
“Existem coisas que Deus só fala quando estamos juntos”
O que pode nos paralisar?
Ainda em sua pregação, Moysés Azevedo destacou alguns pontos que podem paralisar a caminhada do povo de Deus. Entre eles, está a mudança de meta. “A nossa meta é a santidade”, lembrou Moysés. Quando acontece a mudança de meta, começa-se a buscar aquilo que passa. “E o que passa está destinado à morte”, ressaltou o fundador. Além disso, ele destacou que, no mundo, as disposições mudam de um dia para o outro, tudo vai passando muito rápido, tudo vai envelhecendo muito rápido.
Outro ponto que pode paralisar a caminhada do povo de Deus rumo à meta, que é a santidade, diz respeito à centralização em si mesmo. “Podemos estar caindo na tentação do ‘salva-te a ti mesmo’”. O demônio lançou essa tentação sobre Jesus na cruz. Por isso, no tempo atual, marcado por diferentes desafios de cruz, “podemos também ser tentados nesse sentido”. E de forma direta Moysés relembrou aos participantes do retiro que ser Shalom implica oferta de vida. “A dinâmica do ser Shalom é um ofertório constante”, reforçou.
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É tempo de recomeçar
“É tempo de recomeçar. O fracasso não pode nos impedir de recomeçar. Mas como recomeçar? Podemos recomeçar renovando a nossa experiência com Cristo Ressuscitado”. Essa foi a explicação do fundador sobre o novo tempo que se inicia com a ressurreição de Cristo. O mundo, inclusive, precisa recomeçar e, para que isso aconteça, é necessário que cada missionário recomece também, porém não de qualquer jeito, mas, sim, com uma renovada experiência com a ressurreição do Senhor Jesus.
De modo particular, Moysés destacou três pontos que podem contribuir bastante nesse recomeço, favorecendo a experiência com Cristo Ressuscitado. O primeiro deles é a oração, uma vida marcada pela escuta atenta à vontade de Deus. Por mais fragilizada que a oração esteja, é preciso permanecer nela, buscando a cada dia fortalecê-la. O segundo ponto diz respeito à oferta de vida. Por isso, inclusive, Moysés mencionou anteriormente que ser Shalom implica oferta. Por fim, mas não menos importante, a vida comunitária é outro ponto essencial nesse tempo de recomeço.
Em resumo, é possível dizer que Moysés por meio desses três pontos fez referência ao tripé da Vocação Shalom que consiste na Contemplação, na Evangelização e na Unidade. Portanto, é tempo de recomeçar e também de avançar rumo à meta que é a santidade.