No momento da criação, o homem e a mulher receberam de Deus uma vocação particular e, com ela, a realização pessoal. Eles, juntos, realizarão a missão de multiplicar, submeter e dominar a terra. Porém, há uma especificidade para cada um.
O homem é o provedor do lar, aquele que tem a força para dominar e ir à luta. Enquanto a mulher se permite mais agir por sentimentos, é cheia de docilidade, cuida, ampara e acolhe. Esses são os principais aspectos da natureza do homem e da mulher.
Atualmente, percebe-se que a vocação da mulher está seriamente comprometida pelo modernismo e relativismo. As correrias com as exigências do trabalho e a idealização da realização pessoal estão deixando “de lado” a verdadeira essência do chamado da mulher.
Os valores primordiais, aqueles que a Igreja ensina, estão totalmente perdidos e fantasiados na infeliz frase: “Não é bem assim”. Acreditar que um filho estraga o corpo ou atrapalha a carreira profissional, que o casamento só serve para o próprio bem, que a mulher tem o direito de escolher entre a vida ou a morte na concepção do filho, ocorre quando se perde totalmente o rumo, o sentido da vida.
Quando os valores das mulheres estão invertidos, o mundo todo fica em perigo. O feminismo desnorteado tenta levá-las a um fracassado conceito de felicidade. Por causa dessa mentalidade, a mulher joga fora sua alma e acaba por infantilizar o homem.
Contra esse feminismo que prega o aborto, a contracepção, o materialismo, o sexo desordenado e o divórcio fácil, a Igreja presenteia a toda sociedade com a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, de João Paulo II, que aponta todos os porquês e para que a mulher foi criada, afim de que se resgate sua missão, sua vocação.
O homem, ou melhor, o mundo precisa de mulheres santas. Grandes mulheres como Santa Teresinha do Menino Jesus, que ofertou sua juventude em um mosteiro, Santa Gianna Beretta Molla, que foi sábia esposa, Madre Teresa de Calcutá, que foi marcada pela caridade, são exemplos que devem ser seguidos mesmo nos dias de hoje, pois assim, como elas viveram, é que se conhece o amor de Deus.
Contudo, os dias de hoje aguardam ansiosamente a mulher descrita no Livro dos Provérbios 31, 10, a “mulher ideal”. Aquelas que respondem ao chamado da sua criação, aquelas que do seu modo, casadas, solteiras, consagradas são o “auxilio de Deus” para os homens.
Tamyres Vasconcelos