Há cerca de quarenta e dois anos, um grupo de jovens desempregados, inexperientes, mas cheios de parresia, visitavam imobiliárias e empresários, a fim de conseguir alugar um imóvel para concretizar uma inspiração: uma Lanchonete para Evangelizar outros jovens.
Você pode estar se perguntando: mas como eles iriam custear o aluguel todo mês? Quem lhes daria credibilidade? A falta de recursos não foi um impedimento para essa “empreitada”.
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Como a lanchonete não era um empreendimento para si mesmos, mas para atender ao apelo divino, eles não quiseram reter em suas mãos a responsabilidade de tudo, mas contagiaram outros a acreditarem e se comprometerem com a evangelização da juventude, por meio de doações materiais e financeiras.
Após inúmeras visitas à procura de uma casa, surgiu o cansaço e abatimento pelas negativas dos homens, mas também pela compreensão de que não haviam encontrado ainda o lugar separado pelo Senhor.
O sinal da ‘Pesca milagrosa’
Foi a palavra de João 21, que narra a “Pesca Milagrosa”, que lhes deu ânimo e perseverança.
“Alguns dias depois, chegamos em uma casa que logo atraiu nossa atenção. Um pequeno santinho de Jesus e um lugar muito simpático nos deram logo ânimo de ali entrarmos em oração. Parecia ser aquela a casa. Ao voltarmos à varanda, notamos que a casa estava rodeada de restaurantes com título de frutos do mar. Não seria o sinal da pesca milagrosa?”, Escritos, Histórico, art. 33.
A casa da vontade de Deus foi encontrada, restava falar e convencer o proprietário a alugar o imóvel. O valor seria pago com ajuda de uma lista de benfeitores que os jovens iriam entrar em contato.
“Vocês são doidos, mas parece que essa loucura contagia”, afirmou o homem. Acontece que ele viu na Lanchonete uma oportunidade de suas duas filhas terem uma experiência com Deus.
Ele não só aceitou fechar contrato, como também se comprometeu em ser um dos benfeitores da Lanchonete.
“Não dizia respeito só a nós”
Quem naquela época poderia dizer, que essa “santa teimosia” resultaria hoje em centenas de casas de missão espalhadas não somente no Brasil, mas também em mais de outros trinta países?
Um daqueles jovens é hoje o fundador da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo. Na última segunda-feira, 01 de julho, ele relembrou esse acontecimento durante o Lançamento do projeto Lançai as Redes, no Shalom da Paz (a casa onde tudo começou).
“Foi a fé conjugada com a iniciativa, com a ousadia. Acreditamos naquilo que Deus pedia de nós, que não dizia respeito só a nós, mas a humanidade ferida que está por aí e a qual somos enviados a evangelizar. Aquilo que acontecia no início é hora de começar também agora. Nós temos uma grande e nova ação evangelizadora para realizar diante deste mundo que está cada vez mais ferido”, declarou o fundador.
Uma nova onda de conversão
Em seu discurso, o fundador revelou como surgiu a inspiração para o projeto “Lançai as Redes”. Ele chamou atenção para o que Deus tem falado nos últimos Retiros de Escuta “Ano após ano, nosso Senhor está nos convocando continuamente“. Ele explicou que esta convocação tem duas linhas mestras: “a conversão à santidade e o envio aos quatro cantos da terra, para ser instrumentos da misericórdia de Deus para todos aqueles que estão sofrendo receberem o bálsamo da misericórdia de Deus“.
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Diante disso, para corresponder a vontade de Deus, toda a Comunidade é animada a seguir a atitude humilde daqueles jovens, que ousaram sair de si pelo Reino de Deus. “Vamos compreendendo que nossa missão chega a um momento decisivo, de dar um salto maior na nossa ação evangelizadora”, disse.
Moysés citou o baluarte, São Francisco, que dizia: “Meus irmãos, vamos começar tudo de novo, pois até agora pouco ou nada fizemos“.
“Precisamos ter o ato de fé e confiança de lançar as nossas redes e ir ao mar profundo”, Moysés Azevedo.
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Sobre o ‘hoje’ da Comunidade Shalom
Eric Buarque, missionário da Comunidade de Aliança e responsável pelo Instituto Parresia perguntou ao fundador, o que o encanta e lhe procura atualmente na Comunidade Shalom, durante o abertura do julho da Paz.
Moysés respondeu que “É quase a mesma coisa do início. O que me encanta é a força do carisma que Deus nos deu, que é uma força do espírito. Que é uma potência da palavra de Deus“.
“A minha grande preocupação é a acomodação. Parece que aquele convite à radicalidade, corre o risco de ficar banalizado, e até terceirizado, por podemos perder para nós mesmos. Corremos o risco, de como São Paulo diz, correr, correr e não alcançar aquela meta. A resposta para essa acomodação é sair de nós mesmo para Deus e para a missão. Saindo das zonas de conforto”, salienta.
Moysés finalizou com uma súplica a Deus pelo novo tempo na Comunidade por meio do projeto. Veja, a seguir, um trecho da sua oração:
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Confira a abertura do julho da Paz na íntegra:
O que é o projeto Lançai as Redes?
“Esse projeto ‘Lançai as redes’ é uma ocasião única em vista dos outros, mas também do seu bem. Você é convidado a sair de si para esmolar, para estender as mãos para esmolar”, garantiu Moysés.
Pelos próximos meses, toda a Obra Shalom é motivada a evangelizar e buscar novos benfeitores para a manutenção dessa obra de Deus. “É assim que, nos seus 42 anos, a Comunidade e a Obra Shalom vão, mais uma vez, em procissão, sair para buscar novos benfeitores para apoiar essa obra que tem feito tanto bem para a humanidade”, explica o pe. Denis Lima.
Como faço para ajudar?
“As pessoas que partilharem, serão profundamente visitadas pela graça de Deus“, afirmou Moysés.
Sua ajuda pode transformar a vida de alguém! Sua doação pode levar esperança a quem já não acreditava mais! Doe, faça a diferença, seja resposta de amor e consolo para quem sofre! O grande milagre pode começar por você!
Seja um benfeitor e nos ajude a continuar lançando as redes da caridade. Saiba mais no site doeshalom.org.
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