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Na missa de envio da JMJ, Papa convida jovens a serem mais fortes do que o mal

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“Poderão considerar-vos sonhadores, porque acreditais numa humanidade nova, que não aceita o ódio entre os povos, não vê as fronteiras dos países como barreiras e guarda as suas próprias tradições, sem egoísmos nem ressentimentos. Não desanimeis! Com o vosso sorriso e os vossos braços abertos, pregais esperança e sois uma bênção para a única família humana”, disse o pontífice para mais de 1,5 milhão de jovens reunidos no Campus Misericordiae na manhã deste domingo (30)

O Papa Francisco presidiu hoje na Polônia à Missa final da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016 e desafiou os jovens católicos a acreditar numa “humanidade nova”, sem ceder às aparências ou ao egoísmo.

“Não vos deixeis anestesiar a alma, mas apostai no amor belo, que requer também a renúncia e um ‘não’ forte ao doping do sucesso a todo o custo e à droga de pensar só em si mesmo, nas próprias comodidades”, realçou, na homilia da celebração que, segundo a organização, reuniu mais de 1,5 milhões de participantes no ‘Campus da Misericórdia’, um espaço ao ar livre situado 15 km a sul de Cracóvia.

Francisco partiu de um episódio narrado no Evangelho, em que um homem chamado Zaqueu sobe a uma árvore para ver Jesus e acaba por recebê-lo em sua casa, convertendo-se.

“O encontro com Jesus muda a sua vida, como sucedeu ou pode sucede cada dia com cada um de nós”, observou.

O Papa defendeu que os jovens católicos devem saber viver sem tristeza nem pensamentos negativos sobre si próprios, fugindo das “liturgias mundanas do aparecer, da maquilhagem da alma”.

“Tu és importante! E Deus conta contigo por aquilo que és, não pelo que tens: a seus olhos, não vale mesmo nada a roupa que vestes ou o telemóvel que usas; não Lhe importa se andas na moda ou não, importas-Lhe tu. A seus olhos, tu vales; e o teu valor é inestimável”, apontou.

A intervenção falou da tristeza como um “um vírus que infecta e bloqueia tudo” e apresentou o “segredo da alegria”: “Não apagar a boa curiosidade, mas colocar-se em jogo, porque a vida não se deve fechar numa gaveta”.

“Perante Jesus, não se pode ficar sentado à espera de braços cruzados; a Ele que nos dá a vida, não se pode responder com um pensamento ou com uma simples SMS”, prosseguiu o Papa.

Francisco afirmou depois que a fé na misericórdia e numa humanidade nova, “que não aceita o ódio entre os povos, não vê as fronteiras dos países como barreiras”, pode levar a que muitos se riam dos jovens católicos e os vejam como “sonhadores”, mas pediu-lhes que “não desanimem”.

O Papa realçou depois a importância da Confissão na vida espiritual dos católicos.

“Fiai-vos na recordação de Deus: a sua memória não é um disco rígido que grava e armazena todos os nossos dados, mas um coração terno e rico de compaixão, que se alegra em eliminar definitivamente todos os nossos vestígios de mal”, recomendou.

No final da JMJ 2016, iniciada na terça-feira, Francisco disse que este evento deve continuar agora na casa de cada um.

“Rezemos em silêncio, fazendo memória, agradecendo ao Senhor que aqui nos quis e encontrou”, concluiu.

Antes da Missa, o Papa abençoou duas estruturas de solidariedade – um centro de dia para idosos e um centro da Cáritas – que vão ficar como testemunho da JMJ 2016, cujo tema foi a misericórdia.

Já no início da celebração, foi anunciado que os participantes neste evento vão oferecer uma ambulância à Cáritas do Líbano, para ajudar no apoio aos refugiados sírios no país.

Fonte: Ecclesia


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