Muitos casais têm desistido do compromisso que um dia firmaram no altar. Os motivos, vão desde extremo cansaço até o anseio por uma suposta liberdade que seria encontrada em uma carreira dos sonhos ou em viagens, através de um estilo de vida mais “wanderlust”.
Ao investigar o âmago da questão, em muitos casos, existe uma dura realidade: a maioria dos adultos deste tempo têm medo do compromisso e querem fugir das responsabilidades reais que a vida a dois implica. É a geração dos contos de fadas — que foi ensinada a acreditar em um casamento perfeito, sem a dinâmica do sacrifício amoroso e com uma capacidade de renúncia atrofiada.
A verdade é que muitos homens e mulheres do nosso tempo esqueceram das suas próprias origens. Dos relacionamentos duradouros dos seus antepassados, que davam a vida para que os seus tivessem vida. Casamentos de verdade mudaram o curso da história da humanidade. E foram essas narrativas escondidas que nos fizeram chegar até aqui.
A capacidade que o ser humano tem de enxergar a existência de um outro e de amá-lo incondicionalmente é gigantesca, mas tem sido pouco explorada. Colocar-se em primeiro lugar é a receita certa para a destruição de um relacionamento a dois. Quem ama não busca os próprios interesses, mas o bem do outro —, de forma genuinamente gratuita e livre.
É a história do pai que dá o melhor pedaço de frango para os filhos e fica com os ossos. Ou da mãe que passa a noite em claro para que os seus tenham uma boa noite de sono. Certamente você já ouviu alguma dessas narrativas, que usualmente são contadas por aqueles que entenderam o verdadeiro sentido do compromisso amoroso. Quem ama não poupa a vida!
O amor, ao contrário do que muitos pensam, não é viver somente em um “mar de rosas”. Não é um mero sentimento, e muito menos uma euforia passageira —, antes é uma decisão que permanece, mesmo em meio às maiores adversidades. Compreender que todo verdadeiro amor é provado e amadurecido, nos livra da tentação de querer desistir por tão pouco. Feliz é aquele que cumpre as suas promessas. Não existe amor sem sacrifício. Não existe casamento sem renúncia. E o verdadeiro amor salvará o mundo.
Eu vos desejo coragem!
O Ano da Família “Amoris Laetitia”
O Ano da “Família Amoris laetitia” começa justamente no aniversário de 5 anos da Exortação Apostólica do Papa Francisco, ou seja, em 19 de março de 2021. Neste período serão promovidas várias iniciativas além de oferecer subsídios pastorais para se “reencantar pela mensagem do Papa” destinada às famílias. O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida será o promotor dos eventos durante esse período.
Site informativo
Tendo em vista a abertura em 19 de março, o Dicastério para os Leigos, Família e Vida preparou um folheto informativo para ser compartilhado com as dioceses, as paróquias e as famílias; este pode ser baixado através do site www.amorislaetitia.va.
O site, desenvolvido em cinco línguas (inglês, francês, espanhol, português e italiano), é rico em gráficos e conteúdos, é de fácil consulta e será atualizado com as propostas e iniciativas realizadas gradativamente ao longo do ano.