Você já se imaginou tendo que falar sobre um evento que você nunca participou? Ter que despertar em outros jovens o desejo de ir a um evento que você nunca foi? Ter que organizar, estruturar, pensar sobre um evento que você não sabe nem como funciona? Eu não só imaginei, mas vivi essa experiência no Congresso de Jovens Shalom (CJS) 2018, em São Paulo.
Me chamo Amanda, e sou Discípula de primeiro ano da Comunidade de Aliança na missão São Paulo. No CJS de 2018, fui incumbida da responsabilidade de coordenar a comunicação do evento. Eu? Logo eu?
Já servia no ministério de Comunicação há quase 2 anos, mas até então nunca havia estado a frente da coordenação durante os eventos. E logo no CJS, um evento que reúne toda a comunidade, jovens de todas as partes do Brasil desembarcariam aqui, na capital paulista.
“Jesus, você tá de brincadeira, né?”, questionava. Mas, como o tema do ano propunha, não temi porque sabia que fazendo o que Deus me pedia encontraria graça diante Dele (e encontrei). Foi um Congresso Mariano. Falava de Maria. Do sim de Maria. Como, então, poderia dizer não?
Encontramos muitos desafios durante a preparação, mas maiores ainda foram as graças durante esse processo. Da escolha do local, da estrutura, das providências de Deus, tudo girava em torno daquilo que Ele queria fazer em nós e no nosso meio.
“Foi um evento construído com muita oração”, comentaram Moyses Azevedo e Emmir Nogueira, fundador e co-fundadora da Comunidade Shalom, ao nosso Responsável Local, Breno Dias. E de fato foi.
Realizamos dois Cerco de Jericó em vista do evento. “Se vocês desistirem dos jovens, vocês estão desistindo de mim”, foi a primeira proclamação, do primeiro dia de vigília, conduzida pelos jovens dos grupos de oração. Não poderíamos desistir. Não poderíamos desistir do CJS, dos jovens, de Deus.
“Ó pai, em tuas mãos, me abandono”, cantamos, nos momentos de maiores dificuldades, de maior dor, mas certo de que Ele queria que a nossa confiança Nele crescesse.
Na semana do CJS aconteceu a greve dos caminhoneiros, que deixou a população a mercê em busca de gasolina. Será que a galera viria? Passou pela nossa cabeça esse questionamento (um povo fraco, mesmo).
E vieram…
Que lindo foi ver aqueles mais de três mil jovens lotando a Catedral da Sé. Que lindo foi ouvir as palavras de encorajamento e ânimo de Dom Odilo naquela missa de abertura. Que lindo foi ver aquele louvor antes da missa. Que lindo foi ver os jovens esperarem o portão da Expo Barra Funda abrir no sábado, com mais de uma hora de atraso, no frio, na garoa, mas com a alegria de quem tinha um sentido para estar ali.
Foi isso também que ouvimos dos funcionários do local, que, assim como os jovens, assim como eu, também tiveram uma experiência (ainda que sutil) com Deus.
Eu não vivi o CJS, como os outros que ali estavam. Quase não ouvi as pregações e participei dos momentos de oração. Estava atrás do palco. Pirando com as coisas pra fazer. Sem saber para onde correr. Sem saber como fazer (ainda bem que tive um apoio, mais que especial, da galera que estava comigo nesse serviço – vocês foram lindos!).
Preocupada apenas com a mensagem que precisava passar. Deus tinha me dado a missão de comunicar. Comunicar essa experiência que, para mim, foi vivida de uma forma muito diferente.
Mas o sentido disso tudo mesmo foi respondido no último dia, durante a pregação do Moyses Azevedo. Nosso fundador disse que “quando Deus deseja fazer uma reviravolta, Ele chama um jovem. Então, por favor, seja generoso à voz de Deus. Ele nunca te decepcionará. No final, poderemos dizer tal qual Santa Teresinha: ‘Tu superastes, Senhor, todas as minhas expectativas”. E de fato, as minhas foram superadas. Todas as expectativas.
Hoje, posso dizer: eu participei do CJS, eu vivi a cruz e a ressurreição na preparação e durante o CJS, e eu sei como funciona o CJS. E posso dizer mais ainda: essa experiência vale muito a pena! É pra vida!
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