Em meio a uma atividade no estágio, eu comecei a ter uma falta de ar diferente, pausei o curso e pedi uma colega para que continuasse a dar aula para mim. Minha chefe ficou preocupada porque eu estava ofegante demais, para respirar o ar custava a vir, saí do estágio e fui para o hospital. Foi uma sensação horrível. O hospital estava cheio e me colocaram em uma área separada. Fiz uma bateria de exames. O médico achava que era uma bronquite forte, então já me colocaram na inalação de alguns remédios, depois o doutor me deu o pedido para fazer o teste de Covid e voltei para casa.
Passando três dias que fiz o exame a falta de ar continuava muito forte, sentia muitas dores no corpo. Moro em um apartamento pequeno, então o que eu tinha eram alguns metros para andar. A falta de ar persistia, então voltei para o hospital. Esperei o atendimento em uma grande fila, fiz exames e voltei para casa com mais medicamentos.
Mas o que quero contar aqui é que de tudo Deus tira um bem. Após os primeiros dias passarem fui melhorando pouco a pouco e percebi que Deus queria me falar algo. E realmente nestes dias, fechada dentro do meu quarto, senti que Deus me retirava de todo barulho externo e me levava a intensificar a oração.
Percebi que os meus sintomas não eram nada perto de pessoas que tanto estavam sofrendo, e por isso passei o restante dos meus dias em intercessão. Eu não conseguia falar, pois a falta de ar era grande; nem cantar, mas o coração louvava por tudo. Em meio a gratidão fui vendo as permissões de Deus em minha vida de oração. Eu precisava de um novo vigor.
A providência foi tão grande que por ter ficado muitos dias de atestado pensei que não ia conseguir liberação do trabalho para fazer a reciclagem – Reciclagem é um retiro para os membros da Comunidade Shalom – que iniciaria na sexta-feira pela manhã. Por providência de Deus consegui fazer o retiro no final do isolamento, graças a Deus eu já estava em condições de participar. Os quinze dias foram um período de oração, foi para mim um start para a vida de intimidade com Deus de forma mais fervorosa.
Para melhorar 100% demorei mais de um mês, pois não podia fazer esforços físicos; mas só tenho que louvar a Deus, porque com sua mão poderosa cuidou de mim através da minha família de sangue e minha família comunitária, que tanto me amou.
Mariana Matos