Saia rodada, roupas floridas, muita estampa e chapéus longos. Daí você pensa: que figurino é esse minha gente? Esses são os trajes que caracterizam os dançarinos do Carimbó. Mas que na noite da última segunda-feira, 12, foram usados por pessoas que dançam tão bem quanto tiram fotos, eram os membros da equipe do Programa de Voluntariado Shalom que se juntaram aos nativos de Chaves para um encontro cultural.
Na abertura oficial do evento dois dançarinos profissionais da região dançaram a música “Tacacá”, da banda Calypso, para que o povo já entrasse no clima do Pará. Logo depois alguns dos missionários que moram na missão de Chaves mostraram que já aprenderam o swing do povo para o qual Deus os enviou e com muita desenvoltura realizaram uma performance artística daquelas de aplaudir de pé.
Após assistirem as atrações locais os voluntários entraram na dança e com muita disposição e animação tentaram aprender os rápidos e giratórios passos do Carimbó. Der repente à música agitada parou e se iniciou outra tão animada quanto, era a folia de São João invadindo o espaço do encontro e formando uma grande quadrilha. Cansaço? Isso não existia naquele lugar. Só nos embalos do arraia o povo passou mais de meia a hora dançando.
A pausa só ocorreu quando o estômago alertou que era hora de descansar os pés e movimentar a boca, pois havia chegado o momento do jantar. No cardápio foi oferecido um menu típico de Marajuara: arroz, farinha e estrogonofe de carne de búfalo. “De pancinha cheia”, como diz o voluntário da expedição, Rogério, chegou a hora da turma do voluntariado descansar para melhor se ofertar no dia seguinte no encerramento do Renascer.