Começo meu artigo semanal citando o título do mais recentelivro do Professor Luiz Alexandre Rossi, mestre e doutor em Teologia, ex-pastorpresbiteriano e hoje professor e coordenador do mestrado na PontifíciaUniversidade Católica do Paraná: “Nos passos de Maria”.
Diz o autor: “Vivemos uma época em que muitos personagensque se apresentam como modelos são, na verdade, figuras caricatas e que nãoacrescentam nada à vida. Maria é o modelo mais bem acabado de como podemosviver intensamente como filhos e filhas de Deus. Nela podemos repousar e sentirsegurança diante dos desafios que temos pela frente tanto quanto o cuidado dasmãos ternas da Boa Mãe quando diante de alguma aflição.”
Penso que “Nos passos de Maria” traz uma pergunta inevitávela todos nós: em seus passos que faria Maria? Imagino que essa pergunta poderiamodificar completamente o comportamento de cada um de nós porque, de uma certaforma, antecipa a partir de Maria o que deveríamos fazer, pensar, sentir”. …Entre os muitos sons e vozes que escutamos no decorrer do dia, necessitamos,urgentemente, separar tempo para ouvir a voz de Maria.
Acredito que muitos se acostumaram com ruídos em suas vidase, por causa disso, perderam a sensibilidade e não conseguem mais ouvir “ascoisas do alto e do coração”.
Nesta perspectiva somos levados a repensar Maria como modelode vida, alguém que soube deixar-se modelar pelo Espírito Santo e colocar nomundo não somente mais um, e sim Aquele que mudaria os rumos da história e decada um de nós.
Mais do que devoção, Maria quer que sejamos como ela, filhose filhas que sabem viver como ela viveu. Ser como a mãe é a sua maior alegria.
Assim nós brasileiros e brasileiras, temos no próximo dia 12de outubro uma data que nos leva a contemplar o olhar da Mãe, que intercedepelos seus que peregrinam nesta terra de Santa Cruz. Ver e contemplar o olharda Mãe que intercede ao seu Filho: “eles não têm mais vinho”.
É a Mãe que na festa de núpcias percebe que está faltando umvinho diferente. É a Mãe que vê a necessidade de mudar a festa de casamento emuma festa de sabor diferente, de um vinho melhor.
É a Mãe que percebe a hora do Filho atuar mudando o rumo dascoisas, saindo da mesmice passageira do comer e beber a custa dos noivos.
Foi ali naquela festa que Maria provocou o início dos sinaisde um tempo diferente dizendo “fazei tudo o que Ele disser”. O novo edefinitivo caminho será o da escuta atenta do Filho, o Mestre e Senhor.
Assim, nos “Passos de Maria” queremos continuar o caminho,na certeza que temos uma intercessora junto a Jesus e com ela pedimos ao Paique derrame sobre nosso querido Brasil, bênçãos e graças, especialmente sobreos líderes eleitos até agora.
Agradecer e suplicar as luzes e levantar o nosso olhar,firmando os passos na prática da justiça, da solidariedade e da paz,principalmente com as crianças pobres e abandonadas. Dia das crianças não é sódar presentes.
No olhar da Mãe que intercede, nós, seus filhos, vamos olharo chão da vida e firmar os pés no seguimento de Jesus, “que veio para servir enão ser servido”.
A Mãe Aparecida, que cativou de forma decisiva o coração de todosos brasileiros e brasileiras, nos ajude a fazer do Cenáculo não um momento, nãoum espetáculo e sim um compromisso cristão.