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Nota de Falecimento: Débora Oliveira

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Em meio à dor da ausência e à esperança da eternidade, a Comunidade Católica Shalom de Natal comunica a páscoa de Débora Oliveira, falecida nesta terça-feira (24) em um acidente de carro na capital potiguar. Débora era consagrada com promessas definitivas, como Comunidade de Aliança. Psicóloga, trabalhou por muitos anos junto aos projetos de Promoção Humana da Comunidade e atualmente atuava no Centro de Formação da missão de Natal.

Segundo o responsável pela missão de Natal, Kleber Marinho, Débora sempre foi uma pessoa muito caridosa, muito atenta aos irmãos e com um zelo imenso à dimensão espiritual da vida. “Alguém com muitas devoções e muito próxima aos santos e anjos”, pontuou.

Contamos com a oração de todos pela alma de nossa irmã e por toda a sua família.

Mais informações:

Velório – Shalom Petrópolis, localizado na rua Açu, nº 705 – Tirol.


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  1. PARA QUE NÃO ESQUEÇAMOS
    QUE TODA A GENTE BRILHA
    Em memória da estrela Débora

    Quisera eu poder mais
    Soprar o sopro da vida
    E ver renascer de novo
    Quem por um sopro se foi

    Mas somos feitos de nada
    Pouco mais do que o pó
    Que nos cobre na estrada
    Somos poeira no cosmo

    Pequenos grãos luminosos
    Embora de pele opaca
    A nossa luz só percebe
    Quem nos ama na jornada

    Pouco tempo andei contigo
    Mas esse pouco é muito
    Porque o tempo é infinito
    E imenso em cada segundo

    Me perdoe, minha querida
    Se estando de ti tão perto
    Estive também distante
    Às vezes nós somos cegos

    Não vemos quem bem do lado
    Tem, como todos, seu brilho
    Esquecidos de que estrela
    É toda a gente na vida

    Perdoe-me o pouco sorriso
    A ti dado em presença
    Só hoje derramei lágrimas
    Por tua súbita ausência

    Toda partida é mistério
    Pouco ou nada sabemos
    Mas creio que somos luz
    E com tua luz ficamos

    Na memória de tua vida
    Naquilo que tua presença
    Imprimiu em nossas almas
    No brilho de tua estrela

    Adeus, então, parte em paz
    Ficamos nós, mas não sós
    Porque juntos ou distantes
    Em nossa vida ficaste.

    Edil C.

  2. ADEUS, AMIGA!

    Hoje é um dia triste para o Curso de Ciências da Religião, e para mim em especial: minha orientanda e amiga, Débora Maria de Oliveira Lima, faleceu num acidente de carro.

    Débora foi uma das minhas alunas mais dedicadas. Graduou-se em Ciências da Religião e Filosofia e fez pós- graduação em neuropsicologia pela UFRN. Trabalhou no colégio Marista e como professora de Parnamirim. Mas, acima de tudo, era uma boa amiga e uma cristã católica fervorosa.

    Nossas conversas ultimamente giravam em torno da neuropsicologia, da igreja, mas sempre terminavam na mística. A mística era um assunto que atraia Débora. Ela fez sua monografia sobre este tema abordando os estágios psicológicos da experiência dos místicos espanhóis, em especial, Tereza D’Ávila (1515-1582). Santa Tereza D’Ávila foi uma mulher fantástica. Recorro a ela nesta hora em que as palavras são insuficientes, para consolar minha alma da partida de minha jovem amiga.

    A primeira destas frases é “A amizade é a mais verdadeira realização da pessoa.” Débora não teve tempo de ficar rica ou famosa, muito menos casar e ter filhos. Mas Débora soube cativar amizades. Ela semeou a amizade entre seus irmãos da Comunidade Shalom (seu grande amor), na universidade, por onde passou.

    A segunda é um verso “Nada te perturbe, /Nada te espante, /Tudo passa, /Deus não muda […] Só Deus basta”. Débora amou e viveu intensamente a Jesus Cristo. Sua vida foi um testemunho que é possível conciliar a “vida ativa” com a “vida contemplativa”. Débora tinha uma enorme sede de Deus, como os místicos ela sabia que há um vazio em nossa alma que só é preenchido por Ele.

    A última é a mais difícil de todas: “Eu quero ver Deus, e para isso é necessário morrer. Não morro, mas entro na vida.” Débora amava a vida. Seu sorriso era seu “cartão de visita”. Mas os místicos sabem que o fim desta vida finita é a vida infinita em Cristo. Nós não somos senhores do tempo e nem temos o controle de nossas vidas. Somos simples passageiros, peregrinos. A missão de amiga chegou ao término. Lamento que tenha sido desta forma trágica. Mas, ela e eu sabemos, que não há morte onde habita o amor (Ubi caritas). Ela finalmente poderá abraçar seu Deus e amigo. “Que os mártires a guiem , que os anjos a recebam e que sobre ela brilhe a luz eterna”.

    Que Deus conforte os corações enlutados de seus familiares e amigos. Finalizo com o poema na integra de Santa Tereza:

    SÓ DEUS BASTA

    Nada te perturbe, Nada te espante,
    Tudo passa, Deus não muda,
    A paciência tudo alcança;
    Quem a Deus tem, Nada lhe falta:
    Só Deus basta.

    Eleva o pensamento, Ao céu sobe,
    Por nada te angusties, Nada te perturbe.
    A Jesus Cristo segue, Com grande entrega,
    E, venha o que vier, Nada te espante.
    Vês a glória do mundo? É glória vã;
    Nada tem de estável, Tudo passa.

    Deseje às coisas celestes, Que sempre duram;
    Fiel e rico em promessas, Deus não muda.
    Ama-o como merece, Bondade Imensa;
    Quem a Deus tem, Mesmo que passe por momentos difíceis;
    Sendo Deus o seu tesouro, Nada lhe falta.
    SÓ DEUS BASTA!

    Rev. Dr. Rodson Ricardo Souza do Nascimento