Igreja

Novo Diretório para a Catequese ressalta a importância da evangelização

Segundo Dom Rino Fisichella, “a Catequese deve estar intimamente ligada à obra de evangelização e não pode ser separada dela”.

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“Na era digital, vinte anos podem ser comparados, sem exageros, a pelo menos meio século”. A observação é de Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização, durante a apresentação nesta quinta-feira (25/06) na Sala de Imprensa da Santa Sé do novo “Diretório para a Catequese”.

Considerar o que está surgindo

O documento nasceu da necessidade de levar em consideração “com grande realismo o novo que está surgindo, com a tentativa de propor uma leitura que envolvesse a catequese”. É por esta razão que o Diretório apresenta “não apenas os problemas inerentes à cultura digital, mas também sugere caminhos a serem tomados para que a catequese se torne uma proposta que encontre o interlocutor capaz de compreendê-la e ver sua adequação com seu próprio mundo”. 

Recordar os Sínodos

“Viver cada vez mais a dimensão sinodal faz com que não esqueçamos os últimos Sínodos que a Igreja viveu”, explicou Fisichella. O presidente do Dicastério mencionou em particular o Sínodo sobre a Nova Evangelização e transmissão da fé de 2012, com a consequente Exortação Apostólica do Papa Francisco Evangelii Gaudium, e o 25º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, que afeta diretamente a competência do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Conversão pastoral

“A evangelização ocupa o primeiro lugar na vida da Igreja e no ensinamento diário do Papa Francisco”, observou o prelado: “Portanto, a Catequese deve estar intimamente ligada à obra de evangelização e não pode ser separada dela. Ela precisa assumir em si mesma as próprias características da evangelização, sem cair na tentação de se tornar um substituto para ela ou de querer impor-lhe suas próprias premissas pedagógicas”.

A partir disso podemos ver o primado do “primeiro anúncio” e o vínculo entre evangelização e catecumenato, “como experiência do perdão oferecido e da nova vida de comunhão com Deus”. Segundo Fisichella, “é urgente realizar uma ‘conversão pastoral’ a fim de liberar a catequese de certos laços que a impedem de ser eficaz”.

O primeiro ponto pode ser identificado no esquema escolar, segundo o qual a catequese de Iniciação Cristã é vivida no paradigma da escola. O segundo é a mentalidade com a qual a catequese é feita a fim de receber um sacramento. Um terceiro é a instrumentalização do sacramento por causa da pastoral, desse modo os tempos do sacramento da Confirmação são estabelecidos pela estratégia pastoral de não perder o pequeno rebanho de jovens que não abandonaram a paróquia e não pelo significado que o sacramento possui em si mesmo na economia da vida cristã”.


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