Olá, meu nome é Luan, atualmente eu sou vocacionado da Comunidade Católica Shalom na missão de Imperatriz/MA. Eu conheci o Shalom em 2013, logo depois de ter tido a minha experiência com Deus na RCC e enquanto procurava um grupo de oração para dar prosseguimento ao meu desejo de santidade que brotou como fruto desse SVES.
Nessa época, eu morava em Parnaíba/PI e um dia, depois da Missa na Paróquia de São Sebastião, um irmão da Comunidade de Aliança chegou até mim e perguntou: “Você conhece a Comunidade Católica Shalom?”.
Aquela pergunta ressoou no meu coração. Não, eu não conhecia, mas algo dentro de mim ardeu naquele momento de desejo de conhecer. Foi, então, que ele me levou para o que, aparentemente, era uma simples lanchonete, mas que, na verdade, era o Centro de Evangelização daquela missão. Ao entrar ali e ser acolhido pelos missionários, a sensação que eu tinha era de estar em casa, tanto que, eu descobri que aquele local funcionava de segunda a sábado, a partir das 14h. E o que eu fiz no dia seguinte? Lá estava eu, ajudando os missionários a abrir o CEV.
Naquele tempo, eu já tinha colocado na minha cabeça que queria ser santo.
E como todos os filmes de santo que eu já tinha visto, ou a pessoa era sacerdote, ou era frade, ou monge, eu acreditava que esse desejo de santidade que ardia em meu coração era, na verdade, um chamado ao sacerdócio. Ingressei no Seminário Diocesano em 2014, mas nunca deixei de frequentar o CEV nos meus tempos livres.
Foi então que, nas minhas férias, fiquei sabendo que o Shalom iria promover um mega evento em Fortaleza, o Festival Halleluya. Eu me interessei e me organizei para ir. Lá pude participar de cursos, assisti ao musical “Lolek” e, claro, assisti aos shows musicais todas as noites. E o meu coração se inquietava cada vez mais.
Quando retornei das férias, partilhei com aquele irmão da Comunidade de Aliança o que eu estava sentindo, e ele me emprestou um livro para eu ler, os “Escritos”, e ainda me indicou que eu começasse a ler pelo escrito “Amor Esponsal”. Lembro-me como se fosse hoje que, ao terminar de ler aquele escrito, eu voltei ao início, quando o Moysés disse: “Gostaria, se isso fosse possível, de transpor para este papel o que se passa neste momento em meu interior acerca do Amor Esponsal” (AE, 01), e eu pensei comigo:
“É, não sei se ele colocou no papel o que estava no coração dele, mas COM CERTEZA ele colocou no papel o que está no meu coração hoje”.
Depois disso, ainda tive a oportunidade de ir para o Congresso de Jovens Shalom 2014, e a parte que mais me marcou lá foi quando tivemos a oração com a cruz cantando: “Pela Igreja, pelos jovens, pelos homens, me consumirei…”. Ali eu já estava certo da vontade de Deus para a minha vida: EU SOU SHALOM! Ao retornar para Parnaíba, pedi desligamento do Seminário Diocesano e comecei um processo de discernimento para ir em missão pelo Shalom.
Retornei para o meu grupo de oração do Shalom e ingressei no vocacional de 2015, sempre movido por aquela experiência inicial que eu tive. Depois de um ano de vocacional, discerni que ainda não estava pronto para mandar carta e pedi mais um ano de discernimento.
Em 2016, a Missão de Parnaíba estava fazendo 10 anos, e a data coincidiu com a aposentadoria do então Bispo Diocesano, Dom Alfredo Schaffler, que escolheu assumir a Paróquia de Cajueiro da Praia/PI e, para tanto, pediu uma casa do Shalom próxima a ele. Foi então que foi aberta uma Escola de Evangelização na cidade e o Bispo pediu a presença do nosso fundador, Moysés Azevedo, para este momento. Meu acompanhador me perguntou se eu queria ir em missão para lá, e dei a minha resposta na mesma hora: SIM! Fomos enviados em missão com a benção da Igreja, na pessoa do Bispo, e da Comunidade, na pessoa do Moysés. Que grande graça!
Durante o meu tempo como jovem em missão na Escola de Evangelização, pude tocar na graça de Deus dada para as fundações da Comunidade, além de viver em tudo como um membro da Comunidade. Esse tempo também foi importante para o meu discernimento vocacional e, ao final do ano, eu solicitei ingresso. Fui enviado mais um ano como jovem em missão novamente, dessa vez para a Aracaju/SE.
Lá em Aracaju, fiquei 5 meses, onde pude tocar nas feridas e nas glórias dos membros da Comunidade. Ao final desse tempo, eu precisei retornar para a casa dos meus pais, para iniciar um tratamento de saúde.
Depois de passar um tempo afastado, retornei esse ano, pois o chamado de Deus é insistente e irrevogável. Por pura misericórdia de Deus, juntamente com minha noiva, somos ambos vocacionados e estamos trilhando esse ano de discernimento vocacional, juntamente com os preparativos para o nosso Matrimônio, que acontecerá em Setembro deste ano.
Se eu pudesse deixar uma mensagem para aqueles que se sentem chamados a esse belo Carisma, não poderia ser outra senão aquela que já nos deixou nosso fundador: “Se arde em teu coração o Carisma Shalom, este é o teu caminho para Deus e para a santidade. Não tenha medo de oferecer tua vida a Cristo, pela Igreja, pelos pobres, pelos jovens e por todos os homens.” Nosso sim pode nos levar para um caminho cheio de espinhos, mas nunca deixará de ser um Sim Feliz.
Aproveito para pedir, a cada irmão e irmã que lerem essa minha história, que rezem por esse meu ano vocacional, bem como pelo meu Matrimônio. Que o bom Deus nos dê a graça de perseverarmos, para sermos uma família santa, não por presunção, mas por vocação. Deus abençoe a todos! Feliz aniversário da vocação! Shalom!
Luan Figueiredo
Vocacionado Shalom