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O Amor de Deus Encarnado

Estamos no último episódio da Série: O Amor de Deus Encarnado, e hoje veremos mais dessa de história evolvendo a experiência de uma filha com o amor materno e ao mesmo tempo divino que deseja cuidar de todos. Confira os episódios anteriores. Boa leitura!

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Minha história com minha mãe

Ao conversar e a conhecer a história daquelas mães com seus filhos, eu vivia minha história com minha mãe. Um sentimento de gratidão me envolvia, quantas coisas minha mãe poderia ter passado na gestação e talvez nunca tenha me contado, o seu amor nos meus primeiros anos de vida. A presença ao longo do meu crescimento. O pão e o café da tarde quando eu e meus irmãos chegávamos da escola. Os puxões de orelha que mostravam o quanto esse amor era concreto e desejava nos transformar em pessoas melhores.

O amor, cuja importância era provada quando ela ficava doente e sentíamos medo de perdê-la. O amor que talvez tenha sido a justificativa dela ter se mantido forte e viva durante anos com problemas de saúde, e com uma ternura admirável.

Esse amor fez com que ela, depois de um derrame, numa cadeira de rodas, lutasse para voltar a andar, porque gostaria de entrar na Igreja, andando, com o primeiro filho que iria se casar. O amor que foi reforçado, nos últimos dias de vida, quando de certa forma “já sabia” que dessa vez não seria tão fácil voltar para casa e talvez não voltaria.

Lembro que ela, com muitas dores, refletiu comigo as dores de Cristo na cruz. O quanto os pregos poderiam doer, porque a dor dela era muito forte, mas ao mesmo tempo, muito pequena perto de ser pregado na cruz. “O quanto Jesus sofreu, Marcia, eu que não estou aguentando essa dor, imagine Ele na cruz?!”, disse ela. Em pensar que a morte na cruz, foi por nós, por amor a nós, para a nossa salvação!

O amor que se lembrava de todos

O amor que se lembrava de todos: “Marcia, cuide do seu irmão, porque ele é o mais novo, e do seu pai, ele precisa de você”. Quando me lembro disso, percebo que ela também transmitiu todo esse amor ao meu pai e ao meu irmão, porque na verdade, são eles que cuidam de mim e não me deixam sozinha.

Por fim, o amor que foi transmitido com o olhar na hora da despedida, sem conseguir se mexer, ou falar meu nome. O olhar que se despedia da pessoa que ela mais amava nesse mundo, sua filha – e aqui, coloco seus filhos, porque com certeza o amor era igual.

Esse olhar que me deu forças na despedida e me fez entregá-la. A última coisa que falei para ela foi: Mãe, vai ficar tudo bem, eu vou soltar a sua mão, mas Nossa Senhora (Maria), vai pegá-la. Naquele momento, eu pedi para que Maria amasse minha mãe e estivesse presente com ela, assim como minha mãe me amou e esteve presente comigo, até o fim.

Olhando para meu pai, ela conseguiu chamá-lo: “Bem”, era assim que eles se chamavam. Foi a última coisa que ela falou, me ensinando ainda, que de fato existia o amor prometido, em “até que a morte nos separe”.

À todas às mães, nosso amor e gratidão! Nós amamos vocês!

Às mulheres que desejam ser mãe, não percam o desejo, porque é muito bom ter uma mãe! O mundo precisa de vocês!

Por: Marcia Elizandra Faustino

Missão de Curitiba/PR

Leia também:

Episódio 1: Quando você crescer 

Episódio 2: O Amor explica tudo 

 


Comentários

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  1. Aqui eu chorei, chorei porque tive a graça de conhecer essa mãe citada no texto. Essa mãe também foi minha catequista, e conforme eu lia o texto, pude imaginar a sua voz serena.

    Obrigada por esse texto, o mundo precisa de uma mãe ❤️❤️❤️