A dignidade da pessoa humana é o princípio sobre o qual se assentam todos os demais princípios que regem a Doutrina Social da Igreja (DSI). Assim, o Bem Comum, a Destinação Universal dos Bens e a Participação e Solidariedade dentro de suas especificidades, devem ser apreciados em sua conexão, articulação mútua e sobretudo a complementariedade.
A estes princípios, devem ser somados valores capazes de nos guiar em nossa vida social, que principalmente para os cristãos, esses devem ser a verdade, a justiça, a liberdade e a caridade.
Mas, como podemos aplicar os princípios e valores à Comunidade Política?
A Igreja reconhece cada homem como imagem e semelhança de Deus, ser dotado de racionalidade, responsável pelas próprias escolhas. Desse modo, compete-lhe realizar projetos que dão sentido à sua vida no plano pessoal e social. Um povo, então, não é uma simples multidão desvinculada, mas um conjunto de pessoas que tem possibilidade de formar opinião a respeito da coisa pública. A pessoa humana capaz de formar um povo, é o fundamento e o fim da comunidade política.
Espera-se do bom cristão, que seja capaz de realizar o Bem Comum ao tempo em compreende que este é o bem de todos e de cada um. A pessoa humana como princípio e fim da comunidade política precisa ser reconhecida em sua dignidade*: “(…) Deus ‘criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e os chamou a conviver entre si como irmãos’. Não se tratou de mero ato diplomático, mas duma reflexão feita em diálogo e dum compromisso conjunto.”
Assim, a Comunidade Política busca o Bem comum para que os cidadãos possam exercer seus direitos e cumprir seus deveres. Isso gera a necessidade de recorrer ao direito positivo para garantir as exigências humanas fundamentais. Por isso, ela Desenvolve ações de defesa e promoção dos direitos humanos e cumpre seus deveres sem indesejáveis privilégios.
Via de consequência, a Comunidade Política é constituída para servir à Sociedade Civil. A subsidiariedade respeita a dignidade da pessoa, na qual vê um sujeito sempre capaz de dar algo aos outros e por isto implica o Princípio da Participação. Reciprocidade como parte da constituição do ser humano.
Os interesses individuais não são capazes de gerar um mundo melhor. O indivíduo pode, além de satisfazer a sua necessidade, realizar-se por meio do dom gratuito de si, correspondendo à essência e à sua vocação comunitária em vista do Bem Comum. Para a DSI, a Comunidade Política é devidamente fundada quando tende para a promoção do Bem Comum.
Cristo, que combateu veementemente a tentação de um messianismo político, veio para servir e entregar a própria vida pela humanidade. Ele ensina com sua própria vida o comportamento de Deus no governo do mundo, demonstrando consideração pela liberdade humana, o que deve inspirar a sabedoria dos que governam as comunidades humanas, para que evitem toda tentativa de abuso do seu poder temporal.
Em suma: unidos a Cristo, devemos ativamente fazer parte da Comunidade Política porque desejamos o Bem Comum.
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Sobre o tema, importância do cristão na política, teremos novidades em breve. Fique atento!
* Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html#_ftn5
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