Formação

O destino da humanidade

comshalom

O final de um ano leva-nos necessariamente à reflexão do destino da humanidade e nos remete aos seus primórdios na consideração do seu surgimento.Deus nos criou por amor, diz a canção depois de perguntar: “Você já pensou por que Deus nos criou?”

Acontece que este plano de amor, que inseriu o Espírito Divino em todas as coisas, foi quebrado pelo mau uso da liberdade, maravilha de que Deus dotou a mais alta de suas criaturas, a quem entregou o poder sobre todo o criado, fazendo-o participante da sua imagem. E esse domínio sobre todas as coisas foi perdido devendo ser reconquistado com o suor do rosto da humanidade, através de seus erros e acertos até que, na plenitude dos tempos, pelo sangue derramado na cruz pelo Filho de Deus que se fez Filho do Homem fossem restauradas todas as coisas.

A Ele foi dado o império e a glória, o poder de julgar os povos e nações segundo a adesão pela fé. Ele foi constituído Rei do Universo, sujeitando a si todas as criaturas, pois, por Ele foram criadas e por seu sangue reconduzidas à dignidade primeira do plano divino.

O título de Rei não é unívoco. E quando aclamamos a Cristo o Rei do Universo, muitas vezes temos a imagem do poder terreno dos reis deste mundo e da história dos impérios históricos, desde o absolutismo com o poder de vida e de morte até os reinados constitucionalistas.

Pilatos mesmo ao julgar a Cristo, quedou-se mudo diante da resposta de Jesus de que seu Reino não era deste mundo e que não fazia sombra a César, mas sucumbiu à gritaria de que se libertasse a Jesus se faria inimigo do Imperador. Nós também temos a tentação de entender o reinado de Cristo com olhos humanos. Entendíamos a Cristandade como domínio temporal. A própria festa de Cristo Rei foi instituída com um cunho um tanto triunfalista, como oposição ao domínio do Mal representado pelo Comunismo.

Mas, o Reinado de Cristo se estabeleceu, como afirmou o mesmo Jesus, para dar testemunho da verdade (Cf. Jo. 18,37). Deus o ungiu quando se ofereceu, no alto da cruz, como vítima pacífica e imaculada para a redenção da humanidade, que a Ele é sujeita na mesma liberdade com que rompera o plano criador pela aceitação ou recusa da graça, para que constituísse o seu Reino Universal de santidade e de graça, de justiça, de amor e de paz.(Oração eucarística –prefácio, da festa)

São Paulo, na Carta aos cristãos de Colossas, num hino de culto e louvor, expôs com clareza os fundamentos deste Reino e a misericórdia divina que, dando-nos a fé nos transportou das trevas do pecado à luz do Reino de Cristo.

Em Cristo foram criadas todas as coisas e é nele que elas se mantêm. E por Ele e nele foram reconciliadas e pacificadas pelo seu sangue. O seu Reino não é como os reinados deste mundo. Fundamenta-se na criação por Ele de todas as coisas, tiradas que foram do nada e por cuja desobediência, para resgatá-las, pagou alto preço com seus sangue.

João, o apóstolo, depois de descrever a luta do poder das trevas para impedir a redenção, nos mostra nos capítulos 20 e 21 do Apocalipse,o triunfo do Cordeiro a quem foi dado o poder de julgar os vivos e mortos.

“Então surgirá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as famílias da terra hão de chorar e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu com poder e grande glória” (Cf. Mat. 24,30)predisse Jesus.

Então aparecerão o novo céu e a nova terra que realizam todas a profecias, a cidade santa iluminada pela gloria de Deus e a luz do Cristo:”Esta é a morada de Deus com os homens. Ele habitará com eles; eles serão seu povo e Ele será o Deus com eles.Ele enxugará toda a lágrima de seus olhos e não haverá mais morte, nem luto nem choro, nem dor, pois o mundo antigo já passou.”(Cf. Apoc. 21,3).

Fonte: Catolicanet


Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado.