Dom Pedro José Conti
Erauma vez um jardim fechado com muros altíssimos, que despertava acuriosidade das pessoas que passavam por lá. Finalmente, uma noite,quatro homens conseguiram uma escada com a qual se podia ver o quehavia atrás daquelas paredes. Quando o primeiro chegou à sumidade domuro, desatou a rir e pulou dentro do jardim. Foi a vez do segundo.Também ele começou a rir de gosto e pulou dentro do jardim. Assimtambém o terceiro. Quando o quarto subiu, viu do alto do muro um jardimmuito lindo com árvores frutíferas, fontes de água pura, estátuasbelíssimas, flores de todas as espécies e mil outras delícias. Foimuito forte o desejo de jogar-se naquele oásis de verde etranquilidade, mas outra vontade venceu: a de andar pelo mundo e falara todos sobre a existência do jardim e sua beleza. É este o tipo dehomem que doa esperança à humanidade. Aquele que tendo visto Deusdecide partilhar com os outros sua visão. E terá, um dia, um lugarespecial naquele jardim maravilhoso, perto do coração de Deus.
Quebom que alguém continue a nos lembrar a beleza e o valor do amor deDeus! No dia em que celebramos a Solenidade da Assunção de Maria aocéu, e refletimos sobre a vocação à vida consagrada, não podia deixarde agradecer também pelos religiosos, religiosas, membros de institutosseculares, das novas comunidades e consagrados de outras formas,presentes e atuantes em nossa Diocese.
OCântico de Maria ecoa aos nossos ouvidos como um forte convite adescobrir as maravilhas que o Senhor continua fazendo. Quem reconhece agrandeza de Deus e percebe a presença dele na sua vida, como uma luzque clareia o seu caminho, não pode deixar de comunicar essaexperiência aos outros.
Assimfez Maria quando correu a visitar Isabel e partilhar com ela a alegriadas suas maternidades tão extraordinárias. “Bem-aventurada aquela queacreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu” – comessas palavras Isabel acolheu a mãe do Salvador. A promessa tãoesperada finalmente se realizava. Uma tão boa notícia devia sercantada, celebrada, proclamada aos quatro cantos da terra. Não podiaficar trancada ou escondida.
Avida dos consagrados e das consagradas é por si mesma uma boa notícia,um grito alternativo. Também se fingimos ignorá-la ou buscamos outrasexplicações, a vida religiosa sempre terá algo de profético e, porquenão, questionador para todos
Auma sociedade tão preocupada com os bens materiais, com o dinheiro e osucesso, os religiosos lembram a pobreza e a simplicidade de vida. Auma humanidade que exalta demasiado o sexo, o prazer e a beleza física,os consagrados respondem com a castidade. Às pessoas tão interessadasna própria afirmação individual, na defesa absoluta do que é deles pordireito, ou por prepotência, os irmãos e as irmãs propõem a obediênciana vida comunitária e solidária. Pelo traje, os religiosos e asreligiosas são julgadas pessoas fora do tempo. É verdade, porque estãolivres das modas do momento. Rezam bastante, meditam, cantam e louvamao Senhor. “Estão perdendo tempo e não estão ganhando nada”, pensam ossuperatarefados e os calculistas. Na realidade eles e elas são maisdonos do seu tempo do que muitos pensam. Administram com sabedoria aprópria existência e buscam tesouros espirituais, escondidos, mas nãoimpossíveis de se encontrar. Formam grupos diferentes, é verdade,porque também são “famílias” diferentes. A maternidade, a paternidade ea irmandade entre eles e elas não são fruto da natureza, mas do fato dequerer ser a família dos que buscam escutar e praticar a Palavra deDeus.
Aporta para entrar na vida religiosa é estreita, como também apertado éo caminho que conduz à Vida. A verdadeira felicidade nunca é barata,sempre custa esforço, paciência, confiança. Sobretudo é um dom de Deus,assim como é um dom dele a vocação à vida religiosa e consagrada.
–Para Deus nada é impossível – disse o anjo a Maria e ela respondeu:“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Nãoé suficiente sentir-se chamado, precisa responder com generosidade,perseverança e alegria. A resposta viva é a melhor prova que osconsagrados não inventaram a própria vocação. Estão no meio de nós paranos lembrar as maravilhas de Deus.
Hoje é o dia em que o senhor fez para nós alegremo -nos s nele exultemos! Tanto eu esperei por algo sobre o jardim fechado,e ele é revelativo desse jeito que foi descrito,e como foi impactante ;essa leitura nela esta minha volta a comunidade, o chamado a minha identidade A minha eleição. Ó Deus espero ansiosa o dia das núpcias dessa valsa no jardim,tanto me falaste. Os escolhidos já estão a espera dessa consagração esponsal ao ressuscitado que passou pela Cruz. Que o rei se encante com nossa beleza e nos acolha como esposas desse Jardim fechado,a um chamado e doação pela igreja e em especial a oração pelos Filhos Prediletos da Rainha a mãe toda pequena.Ela que guarda a porta desse Jardim ela quem encaminha os eleitos até o esposo que aguarda ansioso a nossa chegada. .. “Eis me aqui” faça se em mim segundo a vossa vontade senhor!Eis que surgem uma obra nova não à vede?Tempo de ondres novos um seleiro de noivos e noivas.