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O maior serviço exercido foi a caridade – Dia Mundial dos Pobres

O Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco, na conclusão do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, em novembro de 2016.

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Por ocasião do VI Dia Mundial dos pobres a Comunidade Católica Shalom realizou em diversos locais do mundo um dia especial para com esses amigos de Jesus.

Na missão de Santo Amaro em São Paulo foram oferecidos corte de cabelo, manicure, banho, almoço, assistência jurídica, atendimento de saúde, entregas de kits com objetos básicos de higiene, oração e aconselhamento, adoração ao Santíssimo Sacramento entre outros serviços no espaço do convento das Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo na Rua Senador Fláquer, nas proximidades da Catedral Diocesana, em parceria com as Paróquias Rainha da Paz e Nossa Senhora de Fátima.

Moises é natural do Rio de Janeiro tem 50 anos, está em situação de rua em São Paulo há cerca de 10 anos. Era cozinheiro, e no momento da adoração ao Santíssimo Sacramento entre lágrimas partilhou com os voluntários sua experiência:

“Hoje estou muito feliz! Estou muito feliz porque ví o Santíssimo Sacramento! Eu já fui da Igreja, mas eu não sou digno nem de me apresentar na presença dEle. Tô me sentindo muito amado.”

O maior serviço exercido foi sem dúvida alguma a caridade. Alguns dos voluntários partilharam conosco essa experiência.

“Meu Nome é Carla Teresa, tenho 52 anos, sou enfermeira. Trabalho em uma UTI neurológica  geral e pediatria. Tenho uma amiga que se chama Juciléia, nos conhecemos a uns 10 anos, foi ela que me levou para a Shalom, ela que me convidou para esta ação para que pelo meu conhecimento dar aconchego, conforto para aqueles que precisam nem que seja com as palavras. Aqui você vem sabendo que não vai ganhar salário, não é nada forçado, é gratificante, o retorno vem de uma forma que a gente não sabe explicar. Eu vim mesmo porque eu estou necessitando também dessa troca, eu estou necessitando muito dessa troca”.

“Meu nome é Vitor Goulart Nery tenho 37 anos, sou supervisor jurídico da área dos projetos sociais do escritório modelo Dom Paulo Evaristo Arns da PUC/SP sou advogado. Estas pessoas são esquecidas diariamente, estão sempre a margem da sociedade, estão ali vulneráveis à todas as formas de vícios. Este momento que estão proporcionando aqui é um chamado para olhar para elas dando um pouco de atenção. Vocês acabam sacudindo a gente, lembrando que existem pessoas que estão aí e que precisam da nossa atenção”.

“Meu nome é Yuri Ayabe, sou psiquiatra, tenho 40 anos. Sou colabora Shalom faz uns 3 anos. Eu atuo na área de dependência química. Sempre fui chamada para o evento para estar acompanhando os casos de dependência química, acabei entrando no ministério da promoção humana e estou aqui pelo terceiro ano.

Quando a gente acolhe as pessoas aqui parece um cenário de guerra. Atendemos uma pessoa com as duas pernas quebradas, inchadas, morando na rua, sem família, sem nenhum suporte. Acredito que vim muito mais receber do que dar. Acho que não vão guardar o remédio que eu vou dar, as orientações que eu vou dar, mas sim o olhar que eu vou dar, o respeito. É isso que eu posso dar nesse momento”.

“Meu nome é a Antônia, sou da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, recebi o convite do Padre Vinicius que organizou uma pastoral de rua para ajudar os irmãos, ele participava tocando violão, cantava, houve um tempo que fazíamos festa junina para os moradores.

Quando entrei foi no dia do pobre em 2017 o primeiro evento e o Padre Vinicius nos motivava  para participar do evento como voluntario  tinha vontade mas não sabia como.

Quando veio a pandemia ficamos incômodos com os irmãos de rua, como eles iram se alimentar, se vestir? Entrei em contato com a Roseli e com a Jaqueline (missionárias da Missão de Santo Amaro), começamos ir para ruas nas terças e nos sábados para distribuição das marmitas, fazendo oração, intercessão.

Sempre trazemos junto a família, filhos, acompanhando, vendo a realidade de outras pessoas. No Natal fazemos a ceia com os irmãos.

Primeiramente é o amor Deus que toca o nosso coração e a caridade… É um agente transformador da fé em quem participa.

No início me questionava que não sei fazer nada, mas descobri que todo mundo tem um talento, todos nós podemos fazer algo, seja limpar uma mesa, você já está se doando aquele dom dado por Deus. Descobri que minha vocação é servir.

NINGUÉM E TÃO POBRE QUE NÃO POSSA DOAR! NINGUÉM É TÃO RICO QUE NÃO POSSA RECEBER”.

 

O ministério de Promoção Humana na missão de Santo Amaro realiza grupo de oração para adictos e familiares (terças, 19h30), encaminhamento para profissionais da saúde, abordagem de rua e evangelização dos mais pobres de forma permanente.

 

 


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