Confira entrevista com Noé Santos, jovem em missão na Cia de Artes Shalom:
– Como foi o despertar do desejo de evangelizar por meio das artes?
Primeiramente, o desejo que ardia no meu peito era o de evangelizar, de ofertar minha vida e testemunhar o Amor de Deus que tinha me tirado da falta de sentido de vida, do egoísmo e de muitas outras coisas. Eu já fazia parte do Ministério de Dança, mas sentia o desejo de também no meu ministério me doar mais, sentia que Deus queria mais de mim. Então, quando vi a forma de evangelizar da Cia de Artes Shalom, entendi que esse era o “mais” que Deus queria. Mesmo me achando incapaz de responder ao chamado de Deus, enviei material com minhas habilidades artísticas e uma carta de pedido de ingresso na Cia e hoje estou aqui e sou muito feliz.
– Sobre a experiência missionária de um ano na Comunidade Shalom, como tem sido?
Deus tem se revelado muito a mim durante esse tempo e, consequentemente, revelado quem eu sou. Isso, às vezes, é difícil mas, ao mesmo tempo, é uma grande graça porque me amadurece profundamente. Ofertar a vida é cansativo, doloroso, mas extremamente gratificante, não porque recebemos algo em troca, mas unicamente porque quando esgotamos as nossas forças, Deus é todo em nós e nós somos todo nEle. Nas pequenas coisas, percebemos o quanto essa oferta é fecunda para nós e para a vida daqueles que estão ao nosso redor. A oração e a vida comunitária me fazem um homem mais pleno e feliz!
– Qual a principal motivação de um jovem que dedica um ano de sua vida nesta missão?
Eu vi Deus! Eu toquei o Senhor! Eu tive uma experiência com Ele e renovo essa experiência a cada dia! Essa é a motivação que levo e levarei pra sempre, mesmo nas descobertas e dificuldades da minha vida, essa é a motivação pra me levantar e continuar o caminho. O que eu percebo nesse tempo é que não é apenas um ano em missão, mas a missão é pra vida inteira, é a minha própria vida!
– Para você, qual o significado das artes na evangelização?
A arte cristã tem um grande poder de evangelização, ela entra em lugares que outras realidades da igreja não entram. Toca o coração das pessoas, faz pensar e refletir sobre diversos temas. A arte tem o poder de entrar no coração sem pedir licença. A arte cristã tem sido vista por muitos em um conceito muito amador, mas nós, da Cia, temos como missão trazer o conceito do profissionalismo na arte. Pessoas que nunca aceitariam um convite pra ir a uma missa, aceitam o convite pra assistir a um bom espetáculo. É aí que a diferença começa, porque os espetáculos da Cia não são apenas para “assistir”, mas são experiências de Deus, sementes lançadas a todo instante.
– Após uma apresentação, quais os sentimentos que passam pelo coração de um missionário?
Cada fim de apresentação percebemos que essa obra é de Deus, que depende dEle! Isso gera no nosso coração profunda alegria e gratidão. Cada partilha, cada sorriso, cada lágrima que vemos no público é sinal da semente lançada, é sinal da obra de Deus sendo edificada no meio de nós. É uma grande maravilha colher os frutos da pequena oferta da nossa vida.
– É possível constatar a eficácia desta evangelização por meio das artes? Como?
A evangelização pelas artes é como um “kerigma”, um primeiro anúncio, abertura de portas, por isso recebemos muitos contatos de pessoas que, depois de verem o espetáculo, desejam se engajar em algum grupo, pessoas que estavam afastadas da igreja e retornam, gente que gosta de arte e deseja converter seu trabalho para a evangelização, testemunho de pessoas que são catequizadas, gente que tinha mentalidades contrárias à doutrina da Igreja e mudam de opinião… enfim, é uma grande graça, tudo é graça!
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