Formação

O Papa, Bispo de Roma e Chefe Supremo da Igreja

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O Caminho Espiritual do Bispo

    Por ser um servidor de Cristo, o Bispo deve como filho de Deus ecomo pastor de seu povo, se conformar a Cristo que é e sempre será seumodelo. Apesar de sua eleição, deve buscar sem cessar a plenitude dasvirtudes, para tanto é preciso que este busque a todo instante asantidade e o caminho da perfeição para chegar a estatura de Cristo,seu Senhor. Este caminho tem sua raiz na graça sacramental do batismo econfirmação, assim como todos nós cristãos que precisamos tambémpercorrer este caminho de perfeição. Aqui se aplica as palavras deSanto Agostinho; cheias de realismo e sabedoria sobrenatural:“Atemoriza-me o que sou para vós; consola-me o que sou convosco. Poispara vós sou Bispo; convosco sou cristão. Aquilo é um dever; isto, umagraça. O primeiro é um perigo; o segundo, salvação” (ExortaçãoApostólica Pastores Gregis – Sumo Pontífice João Paulo II – SantoAgostinho – Sermo 340, 1: PL 38, 1483). Sua vida deve se basear naleitura assídua da palavra de Deus, na oração incessante, na Eucaristiae por ser também frágil humanamente falando, deve sempre que necessáriorecorrer ao sacramento da penitência. Maria a Santísima mãe deve sermodelo de humildade, obediência e virtude.

O Papa, Bispo de Roma e Chefe Supremo da Igreja

     São Cirilo, Bispo Alexandrino, diz: “A fim de permanecermos unidosao nosso chefe apostólico, que ocupa o trono dos Pontífices Romanos, dequem nos compete receber o que devemos crer e professar, nós oveneramos e a ele rogamos, de preferência a todos os mais. Porque sóele pode repreender, corrigir, determinar, dispor, desatar e ligar, emlugar do fundador da Igreja, que a nenhum outro, só a ele, se deu aplenitude do poder; a quem todos, por direito divino, inclinam a cabeçae os mais elevados chefes do mundo lhe obedeçam como ao próprio SenhorJesus Cristo. Logo, os Bispos dependem por direito divino, de umsuperior. Em toda parte onde muitos governantes dependem de um só, háde necessariamente haver um regime universal superior aos regimesparticulares. Porque em tôdas as virtudes e em todos os atos, como dizAristóteles, a ordem depende da ordenação dos fins. Ora, o bem comum émais divino que o bem particular. Por onde, além do podergovernamental, que visa o bem particular, deve haver um poderuniversal, que visa o bem comum; do contrário não poderia haver reduçãoà unidade. Por isso, sendo toda a Igreja um só corpo, é necessário,para conservar essa unidade, haver um poder governativo da Igrejauniversal, superior ao poder episcopal a que obedece cada igrejaespecial. E esse é o poder do Papa” (Santo Tomás – Suma Teológicaquestão XL, cap VI, III)

    “Como Bispo de Roma, o Papa exerce as funções normais dos Bisposresidenciais e nessa qualidade é sucessor de São Pedro como primeiroBispo da cidade. Mas é ao mesmo tempo, sucessor do Príncipe dosapóstolos a quem Jesus confiou a missão se assegurar a unidade daIgreja, não só como figura simbólica, mas com os poderes para issorequeridos de garante das verdades da fé, governo universal e juizsupremo. Nesta qualidade, goza em toda a Igreja de “poder ordinário,supremo, pleno, imediato e universal, que pode exercer livremente”, deforma que “contra uma (sua) sentença não há apelação nem recurso”.Exerce as suas funções em comunhão com os outros Bispos e com a ajudadeles, nomeadamente através do Sínodo dos Bispos , dos cardeias, eainda de outras pessoas e instituições ligadas à Cúria Romana. (cf. CDC331- 335 – Dom Manoel Franco Falcão)

Nós, Seus Filhos Espirituais

    “É muito antiga a tradição que apresenta o Bispo como imagem do Pai,o qual, segundo Santo Inácio de Antioquia, é como que o Bispoinvisível, o Bispo de todos. Por conseguinte, cada Bispo ocupa o lugardo Pai de Jesus Cristo, devendo, em virtude precisamente d’Aquele querepresenta, ser reverenciado por todos. Em nome desta estruturasimbólica que, especialmente na tradição da Igreja do Oriente, evoca aautoridade paterna de Deus, a cátedra episcopal só pode ser ocupadapelo Bispo. Da mesma estrutura deriva, para cada Bispo, o dever decuidar, com amor de pai, do povo santo de Deus e guiá-lo – juntamentecom os presbíteros, colaboradores do Bispo no seu ministério, e com osdiáconos – pelo caminho da salvação. E vice-versa os fiéis, comoadverte um texto antigo, devem amar os Bispos que são, depois de Deus,pais e mães. Por isso, segundo costume existente nalgumas culturas,beija-se a mão do Bispo como a do pai amoroso, dispensador de vida”.(Exortação Apostólica Pastores Gregis – Sumo Pontífice João Paulo II -n.7)

    Portanto nós filhos do Pai Altíssimo, devemos por amor a Cristo eSua Igreja, acolher, amar e sobretudo obedecer com diligência esolicitude o parecer dos Bispos, quando estão em comunhão com o RomanoPontífice, vendo neles de fato, o representante de Deus, um pai paranos instruir, um mestre para nos conduzir ao reto caminho, rumo amorada celeste, já que detém a autoridade do próprio Cristo parasuceder o Colégio Apostólico, sustentáculo da Igreja e da Verdade. Aele toda nossa obediência e reverência, isto é bom e agradável ao Pai.

CUNHA, Ana Maria Bueno. Apostolado Veritatis Splendor: A SUCESSÃO APOSTÓLICA E O GOVERNO DOS BISPOS.


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