Formação

O papel da mulher

comshalom

Nas aulas de educação sexual que tive nos inícios dos idos 90 o tema sexualidade era repassado aos alunos como sinônimo de genitalidade. As diferenças entre homens e mulheres restringiam-se ao campo da anatomia e isso parecia ser o suficiente.

Tal educação não conseguia aprofundar-se na beleza existencial da complementaridade entre homem e mulher, o que foi um prejuízo para todos. Os livros dessa matéria versavam peremptoriamente em torno das Dsts, do uso de preservativo e temas afins.

No inconsciente juvenil acirravam-se ainda mais a guerra entre os sexos já tão disseminada. Ao não se verificar o papel exato dos dois gêneros o comum era a assimilação de dados recebidos pela cultura como o machismo.
Com o passar dos anos pude observar a luta da mulher por um espaço e isso ela conseguiu em diversos aspectos. Entretanto equívocos ainda acompanham, sobretudo as correntes feministas, na reivindicação por essa liberdade.

Trata-se da errônea compreensão do homem como arquiinimigo da mulher contra quem ela deve lutar continuamente.
Observamos, na atualidade, a relação belicosa entre o homem e a mulher, até mesmo nas animações. As personagens femininas saem sobranceiras aos homens em tudo. The Simpsons comprovam o que escrevo. Homer e Bart são ‘babacas’, não passam de epulões, grosseiros, mandriões desengonçados, péssimas referências masculinas. Já as mulheres Marge, Lisa e Maggie são inteligentes, cheias de iniciativa e desengonçadas.

Como elas uma lista de personagens com as mesmas características são apresentadas ao público, como as famigeradas ‘Meninas Super Poderosas’.
“A virtude está no meio”, disse o filósofo Aristóteles. É no equilíbrio que se adquire, por meio do diálogo, a paz na desnecessária guerra entre os sexos. Homem e mulher não são realidades contraditórias ou hipóstases de um mesmo ser. A guerra deve dar lugar à complementaridade, dado fundamental na perspectiva do diálogo entre homem e mulher. Isso não aprendi no colégio, somente anos mais tarde através da convivência e de intensa formação humana que nos é apresentada em teoria e prática na Comunidade Católica Shalom.

Enquanto não houver a real compreensão do valor e da missão da mulher, teremos diante dos olhos ‘esse dom precioso’ reduzido a trunfo na manga para angariar mais pontos na audiência; seus corpos seminus e nus comparados a coisas que em nada dizem de sua elevada dignidade, como garrafa de cerveja, cabide de bolsas ou artificiais assistentes de palco que não conseguem fazer nada além de soltar beijos para a câmera.

Nesse dia em que se faz ode às mulheres nada melhor que enlevar o seu papel singular e irrepetível na sociedade: a humanização do homem.

Vanderlúcio Souza – ccv
Membro da Comunidade Católica Shalom
vanderluciosz@yahoo.com.br


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